A experiência do profissional do volante

Após os 40 ou 50 anos, as pessoas não podem ser consideradas velhas

No mês de julho passado, a atividade de motorista foi celebrada pelo Grupo JCA de uma maneira que visa valorizar a experiência. A média de idade dos profissionais ao volante das empresas que fazem parte do grupo fluminense é de 47 anos. Na concepção desse que é um dos principais transportadores de passageiros do Brasil, o etarismo, que é o preconceito e discriminação baseados na idade de um indivíduo, é deixado de lado quanto a contratação do motorista.

No setor rodoviário de passageiros há uma preferência pela escolha de pessoas mais experientes, especialmente em uma das principais peças da engrenagem, o motorista. Simone Poubel, diretora de recursos humanos do Grupo, disse que a busca por perfis mais experientes é uma marca nesse sentido, não se restringindo apenas às áreas operacionais, mas também passando pelas de gestão e apoio. “É uma política nossa essa busca por perfis de maior senioridade, especialmente em áreas onde as vivências são extremamente importantes nas tomadas de decisão”, disse ela.

Um exemplo disso é o motorista Wilson Pereira de Oliveira, com 63 anos idade, sendo que há 18 anos é funcionário do Grupo JCA, com cinco anos dedicados à Auto Viação 1001 e os outros 13 à Viação Cometa. São 25 anos de experiência ao volante e, durante esse tempo, pôde acompanhar diversas transformações no setor e na própria companhia, como ampliação na estrutura, capacitação de profissionais e integração deles com demais setores. Temos muita confiança por parte dos diretores e funcionários de escala. Em trechos onde é necessária maior atenção ou em fretamentos de maior complexidade, há uma preferência pelos colaboradores mais antigos por saberem que estamos inseridos na cultura da empresa, pela quantidade de capacitações que recebemos e, especialmente, pelo conhecimento de direção que contribui muito para oferecermos uma condução segura e confortável”, ressaltou.

E, não pense que ele já visualiza seu momento para curtir a aposentadoria. Segundo Oliveira, isso já poderia ter sido feito há oito anos, quando se aposentou, mas o amor pela profissão e a disposição ainda são bem maiores do que a vontade de largar o cockpit do ônibus. “Ainda tenho muita lenha para queimar. Faço academia, adoro correr e pedalar. Mesmo quando estou escalado, aproveito a estrutura que temos nas garagens para treinar e descansar bem. É claro que também tenho vontade de curtir ainda mais meus seis netos. Falo para eles que quando chegar aos 65 (anos) eu paro. Antes disso, acho que não”, afirmou.

Imagem – Divulgação

 

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