A luz que vem do sol

BRT também é sustentabilidade ambiental. Eis o mote do transporte coletivo no interior de São Paulo

A cidade paulista de Sorocaba tem em seu sistema de BRT (Trânsito Rápido de Ônibus) a geração de energia elétrica por painéis fotovoltaicos, que apresentaram uma economia de 20,9% no último ano. De acordo com a gestão do transporte, os painéis fotovoltaicos produziram 227.478Kwh de energia que atenderam a toda operação e o restante de energia não utilizada foi disponibilizada na rede da companhia elétrica, possibilitando que outros locais fossem beneficiados. Este volume equivale ao abastecimento de 160 casas com quatro pessoas em um ano.

Marcelo Del Corso, responsável pelo setor de Gestão Ambiental da BRT Sorocaba, informou que diversas iniciativas são realizadas em diferentes frentes e a prática da conscientização é permanente na empresa. “Na semana do meio ambiente intensificamos as mensagens, mas as ações acontecem o ano inteiro. De 2023 ao primeiro semestre de 2024, realizamos o plantio de 808 mudas de árvores nativas nas regiões Norte e Oeste. Essas plantas estão sendo cultivadas e, em breve, ajudarão a capturar o CO2 da atmosfera. Dessa maneira, neutralizando parte das emissões de poluentes dos veículos. Também realizamos atividades de educação ambiental em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e já levamos o conhecimento para 225 crianças por meio do Tour da Educação”, observou Del Corso.

Os administradores do BRT Sorocaba destacaram que o sistema se tornou uma referência no transporte coletivo urbano, mostrando que é possível inovar e ser sustentável. Além do uso de energia solar nas estações e nos terminais, a concessionária adota o sistema de reuso de água da chuva nos três terminais (Vitória Régia, São Bento e Ipiranga), utiliza iluminação em LED, conforto térmico com brises nas estações e a frota de 124 ônibus com redutor de ruídos e poluentes.

Imagem – Divulgação

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2 Comentários

  1. Avatar

    Que tal pensar em abrir o debate sobre regular a contabilização das emissões evitadas de CO2 fóssil, MP2.5 e NOx oriundas da parcela de geração de energia fóssil (térmicas) da matriz elétrica brasileira, como crédito de emissões reduzidas das empresas de transporte que implementarem voluntariamente algum sistema de geração de energia renovável como este, ou similar a este, do BRT do Município de Sorocaba?

    Trata-se afinal, de um aumento voluntário dos benefícios ambientais e climáticos da empresa de transportes, que deve ser honesta e devidamente reconhecido e oficialmente registrado como crédito de emissões reduzidas.

    No caso de legislações municipais que estabeleçam metas de redução gradual de emissões pelas frotas de transporte coletivo e de coleta de lixo, por exemplo, esses créditos anuais de emissões evitadas seriam usados – diga-se, com justiça – a favor da(s) empresa(s) de transporte que implementarem esses sistemas de geração de energia renovável (carbono neutro).

    Do mesmo modo, as empresas que não implantarem sistemas como esse, que no entanto, adquirirem voluntariamente pacotes anuais de kWh de energia renovável da concessionaria (pagando mais caro pela energia), as emissões evitadas correspondentes de CO2 fóssil, MP2.5 e NOx oriundas do consumo de energia fóssil evitado da rede elétrica nacional, entrariam da mesma forma como crédito de emissões reduzidas pela(s) empresas(s) de transporte.

    Lembre-se que é possível objetivamente calcular os fatores de emissão médios de CO2 fóssil, de MP2.5 e de NOx do conjunto de usinas de geração de energia fóssil do Sistema Interligado Nacional – SIN.

    Esta é a tese.

    Olimpio Alvares

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    • Antonio Ferro

      Eu acredito que um editorial teu a respeito disso deve ser escrito e eu divulgo, o que me diz? Portas sempre abertas aqui.
      Abc

      Responder

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