Cidade paranaense realiza conferência de transporte

A Conferência quis estimular a participação da comunidade e dos delegados na formação de decisões relevantes acerca de políticas regulatórias de transporte coletivo urbano local

A cidade de São José dos Pinhais, localizada na área metropolitana de Curitiba, PR, promoveu a I Conferência Municipal de Transporte Coletivo de Passageiros, convertendo-se em um espaço democrático, em que a sociedade civil, setor privado e governo municipal estiveram presentes para discutir e apresentar diretrizes e/ou propostas que subsidiem melhorias no sistema local de transporte.

Segundo informações, os objetivos específicos da Conferência foram a promoção da participação da comunidade e dos delegados na formação de decisões relevantes acerca de políticas regulatórias de transporte coletivo urbano local; a elaboração de proposições acerca de políticas regulatórias de transporte coletivo para análise pelo Poder Executivo; e a apresentação de propostas de melhorias na mobilidade, na segurança e na acessibilidade dos passageiros ao sistema.

De acordo com o secretário de Urbanismo, Transporte e Trânsito de São José dos Pinhas, Lucas Grubba Pigatto, a mobilidade urbana pode ser definida como a maneira das pessoas transitarem nos espaços urbanos, podendo ser ela de maneira individual (a pé, motocicletas e/ou automóveis) ou coletiva (ônibus, trens, etc.). “A mobilidade urbana bem planejada, com sistemas integrados e sustentáveis, garante o acesso dos cidadãos às cidades e proporcionam qualidade de vida e desenvolvimento econômico. A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) instituiu um conjunto de princípios, diretrizes e normas que norteiam a ação do Poder Público e da sociedade em geral, na produção e na gestão das cidades”, explicou ele.

No contexto da importância do ônibus na estrutura da cidade, Pigatto disse que uma das qualidades do transporte por ônibus é sua facilidade de atender aos mais diversos locais que geram demanda, além de sua capacidade de rapidamente adaptar-se às inevitáveis alterações que ocorrem em nossas cidades, especialmente naquelas ainda em crescimento. “Utilizando veículos rodoviários comuns, os sistemas podem circular em qualquer rua da cidade. Essa capacidade, paradoxalmente, se torna vulnerabilidade, pois todos os outros veículos privados ou não também fazem uso da mesma infraestrutura, constituindo-se em obstáculos ao transporte público. Por ser essencial, o serviço de transporte coletivo não pode apresentar descontinuidade, devendo ser prestado de forma a oferecer melhor atendimento à população com conforto, fluidez e segurança”, ressaltou.

Os terminais e pontos de parada estão bastante relacionados ao conforto e segurança do usuário, sendo importante que esses locais tenham estrutura adequada. Ainda, podem possuir informações que facilitem o deslocamento dos usuários, como os serviços que atendem aquele local.

A regularidade dos serviços é um dos atributos de qualidade muito valorizado pelo usuário. Sabendo exatamente os horários dos ônibus, o passageiro pode organizar melhor sua viagem e confiar na prestação do serviço. Nesse aspecto, os recentes aplicativos criados para os usuários de transporte coletivo vêm sendo muito úteis, permitindo que essas informações sejam acessadas por todos.

O secretário também disse que a inclusão dos cidadãos no diálogo político tem sido uma agenda crescente de gestores públicos, que reconheceram a importância do interesse coletivo em alcançar uma gestão mais democrática e colaborativa. “O transporte coletivo, porém, não é totalmente conhecido e compreendido pela sociedade. Informações referentes ao processo de concessão, isenção de tarifas, etapas do planejamento e vantagens da priorização do transporte são desconhecidas por parte da população”, observou. Para ele, ações integradas de comunicação e conscientização são essenciais para aumentar a participação popular, podendo ser elas a melhoria dos canais de comunicação; a realização de pesquisas com os usuários; a realização de campanhas e ações que expliquem o transporte coletivo; e a promoção de estruturas adequadas de divulgação de informações.

Imagens – Ronaldo dos Santos

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