Cinco décadas da rodoferroviária curitibana

Mais um capítulo da história do transporte rodoviário brasileiro

Por Raul Urban

Curitiba, então com cerca de 500 mil habitantes, no dia 13 de dezembro de 1972, inaugurou a sua nova Rodoferroviária, com traços arquitetônicos modernos e arrojados, desenhados pelo, já falecido, arquiteto Ruben Meister. O terminal, entregue na primeira gestão do também saudoso prefeito, arquiteto e urbanista, Jaime Lerner, tomou o lugar da chamada “Rodoviária Velha”, mandada construir, em 1956 – e inaugurada em 1958, em pleno centro da cidade – pelo então prefeito Ney Braga.

O endereço da infraestrutura pioneira, após diversas reformas, se tornou, após 1972, o Terminal Guadalupe, de onde até hoje partem dezenas de linhas de ônibus que servem as cidades componentes da Região Metropolitana de Curitiba.

A rodoviária quando então, fora inaugurada, em 1972

Hoje, a Rodoferroviária, com 27 mil metros quadrados, construída sobre terreno da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA), com um total de 72 mil m², recebe em média atualmente 20 mil pessoas/dia, somando-se passageiros, funcionários e prestadores de serviços. Nestes 50 anos, ainda é um complexo capacitado a atender a demanda e longe dos riscos de eventual ampliação. É administrada pela Urbanização de Curitiba S/A (URBS), que, fisicamente, ocupa o prédio em forma de cubo, entre as extensas alas estadual e interestadual, com 25 plataformas para embarque de desembarque cada, tendo ainda ao fundo, a ala ferroviária, de onde partem trens e litorinas de turismo para o litoral paranaense.

Ao todo, são 33 empresas de ônibus que atuam no local – duas delas responsáveis por linhas internacionais -, ocupando 25 guichês. Aberto 24 horas por dia, o terminal, todos os dias é responsável por cerca de 300 viagens, com, em média, 6,5 mil passageiros embarcando para os mais variados e distantes destinos, e outros seis mil desembarcando. Além das amplas salas de espera nas alas estadual e interestadual, os usuários contam com lanchonetes e uma ampla praça de alimentação.

Imagens – acervo Raul Urban

2 Comentários

  1. Avatar

    Meu caro Antonio,
    obrigado. Como jornalista que guarda a História enquanto patrimônio, continuo pronto e ativo para novos desafios, novas histórias. Cidades que privilegiam sua memória histórica, são as que, mesmo renovadas, mostram seus valores de forma permanente para que as novas gerações usufruam um passado rico.

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    • Antonio Ferro

      Eu que agradeço por poder colaborar com a revista.
      Grande abc

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