Conhecida por sua expertise em produzir transmissões para veículos comerciais, a Eaton chegou ao Brasil junto com o início da indústria automotiva nacional, isso em 1957. Hoje, seis décadas e meia após afirma-se no mercado, a empresa ressalta a sua estratégia comercial em relação ao atual momento do transporte, bem como o futuro de seus negócios.

Transição energética, sustentabilidade e digitalização são três aspectos que estão no foco da empresa, aqui e a nível global, com investimentos que incluirão o desenvolvimento de produtos dedicados à eletromobilidade, porém sem deixar de lado os motores de combustão interna. Em sua história brasileira, a Eaton conta com um portfólio com diversos componentes envolvidos com a arquitetura mecânica e de tração dos veículos, que vão de mangueiras até a propriamente dita transmissão.

E, é nesse contexto que a fabricante ressalta sua participação no mercado brasileiro de ônibus. Segunda ela, suas embreagens, novas e remanufaturadas, oferecem uma relação custo-benefício relevante para esse tipo de aplicação e, dentre elas estão os modelos 280mm, 330mm, 362mm, 395mm e 430mm, possuindo gerenciamento mecânico e eletrônico, com tecnologia desenvolvida para garantir maior durabilidade, performance, conforto, economia e segurança para o veículo, motorista e frotista.

No tocante a veículos com motores a diesel, a marca está com um produto novo – a transmissão automatizada EABO-6106 para micro-ônibus. A tecnologia, apresentada em evento onde reuniu a imprensa segmentada, estava incorporada num modelo produzido pela fabricante gaúcha de micro-ônibus Volare. A caixa foi desenvolvida em seu Centro de Pesquisa & Desenvolvimento localizado na cidade paulista de Valinhos, com característica específica para mercado brasileiro, tendo um ciclo de trabalho agressivo para o constante anda-e-para das vias urbanas.

Henrique Uhl, gerente de Estratégia de Produto Eaton, disse que a participação da fabricante no mercado de ônibus brasileiro tem sido bem objetivo, com crescimento e investimento expressivos de seus negócios nessa área, atuando de forma customizada para atender a operação e a demanda, que são bem diferentes no setor do transporte. “A transmissão automatizada presente no modelo da Volare foi desenvolvida por nós, em nossa unidade brasileira, observando um trabalho específico para alcançar um produto correto e ideal à realidade local. Procuramos aprender com os erros de outros produtos semelhantes no mercado para não haver problemas operacionais. Há pelo menos 10 anos a Eaton vem focando no caminho de desenvolver produtos próprios ao segmento”, ressaltou.

A transmissão automatizada funciona como uma caixa manual, porém, o motorista não realiza as trocas de marchas. Os trancos são menores e o desenvolver da velocidade ideal para o conforto de passageiros e motoristas.

Além das transmissões para veículos com motores de combustão interna, a Eaton já está preparada para o que o futuro reserva em termos de eletromobilidade. A empresa disponibiliza a transmissão de quatro marchas para aplicação elétrica e híbrida, com vantagens para a otimização da durabilidade e autonomia da bateria, gerando aumento da eficiência do veículo. A solução compõe o portfólio da unidade de negócios chamada eMobility, responsável pela criação de produtos e tecnologias para veículos híbridos e elétricos, com o desenvolvimento de sistemas de gerenciamento, distribuição, transmissão e monitoramento de energia elétrica.

Antonio Galvão, presidente do grupo Veículos e Corporativo da EATON para a América do Sul, destacou que a companhia se tornou uma referência global nesses 65 anos de Brasil, presente com quatro unidades fabris aqui. “A primeira fábrica fora dos Estados Unidos foi construída no Brasil, em São José dos Campos. O que me deixa bem contente é que, 65 anos depois, nós estamos mais fortes do que nunca, com ganhos de mercado, investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos sem perder o foco no mercado de motores à combustão ao longo dos próximos anos, como também introduzir soluções e know-how na eletromobilidade”, disse o executivo.

Imagens – Divulgação e revista AutoBus