Final feliz

Ao encerrar 2022, o movimento de passageiros rodoviários explica a animosidade do setor com a volta de seu público

Segundo a Abrati – Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros -, apesar da crise vivida nos últimos anos com a pandemia e a proliferação do transporte clandestino digital, os principais grupos empresariais do transporte regular rodoviário brasileiro estão satisfeitos com os resultados obtidos no fim do ano de 2022.

Houve um acréscimo de 18% no número de embarques de passageiros em relação ao movimento de 2019, pré-pandemia, no período de festas de fim de ano (de 23 de dezembro/22 a 2 de janeiro/23). Outro detalhe é que o setor ainda comemora a queda recorde do número de acidentes nas estradas. A entidade representativa das operadoras destacou que os dados da Polícia Rodoviária Federal, no mês de dezembro, mostraram uma diminuição geral do número de acidentes graves nas estradas – em torno de 65% em relação ao mesmo período do ano passado. “Já no caso do setor rodoviário regular interestadual de passageiros esse percentual chega a quase 100%, um número recorde”, ressaltou Letícia Pineschi, conselheira e porta-voz da Abrati.

O fato da redução dos acontecimentos negativos se deu em função do consistente trabalho que as empresas regulares estão fazendo para operar com a máxima segurança nas estradas. “Os motoristas são treinados para dirigir de maneira segura, respeitando as regras de trânsito e de biossegurança, e os veículos estão cada vez mais modernos. Há também investimentos em frotas cada vez mais confortáveis com o intuito de oferecer uma experiência de primeira classe aos passageiros”, lembrou Pineschi.

Ainda, de acordo com a representante da Abrati, para que a população não corra riscos, é importante que ela saiba diferenciar a operação legal e regular de viagens clandestinas, que contribuíram negativamente para alavancar o registro de acidentes e intercorrências para passageiros em todo país. “Os veículos clandestinos costumam oferecer aos passageiros um atrativo: o preço mais baixo em relação ao transporte regular. Mas a vantagem é só uma ilusão. A tarifa não leva em conta a ausência de descanso, a deficiência de exames toxicológicos e até mesmo a falta da carteira nacional de habilitação dos motoristas. Além de todos esses riscos, existe também o abandono dos passageiros à própria sorte, quando a fiscalização efetuar interrupções de viagens clandestinas compradas por meio de aplicativos que vendem os serviços intitulados como “fretamentos colaborativos, que na realidade são empresas não autorizadas ao transporte público operando à margem da legalidade”, explicou.

Como forma de agradar o público que passou pelas rodoviárias no fim de ano, alguns exemplos foram marcantes, como no terminal Novo Rio, no Rio de Janeiro, que promoveu atrações com passistas de uma escola de samba e sketch (é um termo utilizado para se referir a pequenas peças ou cenas) com humoristas; em Juiz de Fora, MG, houve entrega de presentes para crianças carentes, presença de um Papai Noel e atividades infantis. “Tudo isso mostra uma mudança de paradigma do serviço de transporte, que está criando cada vez mais relacionamento com o cliente em todas as etapas da sua jornada. Isso inclui desde a compra, até as facilidades oferecidas dentro do ônibus, como conexão de internet via Wi-Fi a bordo, além das atrações nos terminais rodoviários”, concluiu Letícia.  

Imagem – Divulgação

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