Marcopolo analisa o jeito do brasileiro viajar

Para a encarroçadora, o impacto causado pela pandemia nos sistemas de transporte coletivo trouxe muitas opiniões a respeito, que puderam servir de base para o seu estudo

No mundo dos transportes, é preciso algo mais do que apenas comercializar veículos e soluções tecnológicas. Também é necessário saber como o passageiro realiza seus deslocamentos e quais as suas percepções em viagens urbanas ou entre municípios. Atenta à essas questões, a encarrçadora brasileira Marcopolo realizou o projeto Marcopolo – Estudo de Hábitos de Consumo, revelando que, mesmo com as preocupações sanitárias, as viagens de ônibus são as preferidas: 64% dos comentários comparam ônibus e avião.

Tal levantamento, efetuado pela Orbit DataScience, acaba de identificar cinco categorias de viajantes brasileiros de ônibus, bem como o impacto da pandemia de Covid-19 na vida destes passageiros. Com uma base inicial de quase 9 mil comentários, a análise levou em conta uma amostra de 1.810 comentários realizados nas principais redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter) a respeito de viagens intermunicipais de ônibus, de janeiro e setembro de 2020. De acordo com a Marcopolo, esses comentários foram classificados em 2.395 opiniões, sendo 1.006 positivas, 784 negativas e 605 referentes às questões sanitárias.

Com isso, conheceu-se cinco grupos de opiniões dos passageiros – Reflexivos, Executivos, Inseguros, Desconfortáveis e Exigentes (Covid). Abaixo o leitor poderá saber mais detalhes sobre esses grupos. “O estudo revela que as viagens rodoviárias seguem prioritárias na vida dos brasileiros, pela conveniência, custo e facilidade de acesso às cidades de todo o País, em comparação com os demais meios de transporte. Este é o jeito brasileiro de viajar. Essa análise nos mostra também que temos desafios a vencer, como a questão da insegurança, por exemplo, que requer iniciativas de diversas frentes. O objetivo do estudo é justamente termos insights que nos levem a aprimorar cada vez mais a mobilidade no Brasil”, afirmou Ricardo Portolan, diretor de Operações Comerciais MI e Marketing da Marcopolo.

Para a Marcopolo, o impacto causado pela pandemia nos sistemas de transporte coletivo trouxe muitas opiniões a respeito, que puderam servir de base para o seu estudo. Segundo a empresa, 36% dos comentários nas redes sociais sobre viagens de ônibus já faziam menção ao tema e ao contexto sanitário, considerando-se a amostra do estudo. O impacto foi duradouro: em todos os meses analisados, a preocupação em relação ao contágio provocou, em média, 30% das postagens. Já as manifestações quanto ao uso de álcool em gel e a higienização dos ônibus como medidas para evitar a contaminação, predominantes entre março e abril do ano passado, deram lugar à exigência do uso de máscara, do distanciamento social e da diminuição da lotação nos meses seguintes. E, durante todo o período analisado, dos 605 comentários manifestando preocupações sanitárias, 61% se referiram a medidas de segurança por parte das empresas de ônibus. As reclamações quanto à aplicação dos protocolos tiveram pico no mês de setembro, com o fortalecimento da retomada das atividades comerciais.

Ao mesmo tempo, a preocupação com as medidas individuais também foi grande, sendo que 25% das opiniões manifestadas exigiam o uso de máscara e o cumprimento das medidas de proteção pessoais para evitar a propagação do vírus.

Imagem – Divulgação

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