Tecnologia Voith em ônibus da Iveco

Inovação com benefícios ambientais e econômicos prevalecem na transmissão automática da Voith

A tecnologia de propulsão a diesel em combinação com a transmissão automática Diwa NXT da Voith Turbo tem o poder de dispor de uma tração híbrida, idealizada para estes tempos em que a economia de combustível e a redução das emissões poluentes cercam o segmento dos ônibus.

Recentemente, a montadora Iveco Bus revelou o seu novo modelo Crossway Hybrid, equipado com a transmissão automática Diwa NXT, considerada uma das mais modernas do mundo, combinada com o sistema Mild Hybrid 48 V, que tem por objetivo a redução do consumo de combustível por meio da recuperação da energia cinética do veículo e no apoio ao alternador do sistema elétrico básico do veículo de 24V.

Em linhas gerais, a tecnologia permite que a eletricidade gerada durante as frenagens ou mesmo com o motor em funcionamento seja utilizada para suportar o sistema elétrico do veículo. O motor de 48V, com 300Nm de capacidade de torque, pode ser integrado em todos os tipos de motor de combustão interna. O sistema Mild Hybrid tem potência constante de 25kW, desempenho de recuperação de 35kW (no pico) e é refrigerado por água.

De acordo com a Voith, sua transmissão integrada ao sistema híbrido proporciona otimização dos elementos funcionais com foco em maior eficiência energética e melhor TCO (Custo Total Operacional), tendo uma combinação de três conceitos de transmissão em um: CVT, AT, AMT.

Sistema híbrido dá maior eficiência operacional ao veículo

O novo ônibus tem o motor Cursor 9, que pode ser movimentado por combustíveis renováveis XTL (X-To-Liquid) e atende a norma Euro VI Step E.

Rogério Pires, diretor da Divisão de Veículos Comerciais da Voith Turbo para América do Sul, observou que, principalmente no mercado Europeu, houve um aumento significativo de oferta e volume de vendas de ônibus urbanos com sistemas de Mild Hybrid integrados com motores de combustão interna, em paralelo a veículos com tração elétrica e baterias. De acordo com ele, a combinação com biocombustíveis de fonte renovável, como diesel verde e biometano, representam um avanço no processo de descarbonização de frotas urbanas de ônibus, principalmente em regiões onde a infraestrutura para eletrificação plena ainda não está à disposição ou é economicamente inviável. “A hibridização leve tem sido considerada uma alternativa interessante com ganhos importantes e rápidos de eficiência energética e redução de emissões no segmento de ônibus urbanos. Por meio da recuperação de energia durante a frenagem e suporte ao sistema “start-stop” de desligamento do motor em condições de parada do veículo, observa-se reduções superiores a 15% no consumo de combustível. Essa energia recuperada é utilizada em sistemas auxiliares, permitindo a redução na quantidade de alternadores e eletrificação de componentes que hoje são acionados por correias”, ressaltou.

Perguntado sobre a expectativa de vida da tecnologia ao Brasil, o executivo disse que assim como tem ocorrido com automóveis, as diversas rotas tecnológicas existentes para veículos comerciais devem estimular o mercado a considerar a utilização de hibridização leve para ônibus urbanos como opção. “Estamos preparados e trabalhando localmente para viabilizar a oferta desta tecnologia para nossa região”, comentou.

Imagens – Iveco e Voith Turbo

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