A telemetria MiX e os conceitos de economia e segurança

Para mostrar seus efeitos positivos, o Grupo participou de um evento online realizado pela empresa de tecnologia MiX, revelando alguns objetivos e fundamentais a respeito do uso dessa ferramenta em seu cotidiano, permitindo alcançar uma gestão positiva em seus 1.600 ônibus

O Grupo NSÓ, um dos mais tradicionais no segmento de transporte urbano de passageiros na região metropolitana de São Paulo, reunindo as empresas como Viação Santa Brígida, Auto Viação Urubupungá, Urubupungá Transportes e Turismo, Viação Cidade de Caieiras, PrimeBus e Censo, adota em sua frota de ônibus a tecnologia da telemetria da marca MiX Telematics, com metas bem perceptíveis que almejam a economia operacional, a segurança e o conforto de seu público.

Para mostrar seus efeitos positivos, o Grupo participou de um evento online realizado pela empresa de tecnologia MiX, revelando alguns objetivos e fundamentais a respeito do uso dessa ferramenta em seu cotidiano, permitindo alcançar uma gestão positiva em seus 1.600 ônibus. Daniel Coutinho, supervisor Corporativo de Tecnologia Embarcada, comentou que a missão de transportar pessoas com confiabilidade, segurança e qualidade foi determinante ao se buscar, em 2016, uma tecnologia embarcada para ter as melhores práticas de gestão técnica e operacional da frota. “Há cinco anos, o foco era reduzir o consumo de combustível e, hoje, com a parceria da MiX, reduzimos acidentes e aumentamos a quilometragem média entre eventos de segurança”, explicou ele.

Porém, ao incorporar uma inovação em áreas estratégicas e que possuíam certos vícios, os resultados não foram imediatos. Para obter efeitos práticos e proveitosos, algumas áreas internas se uniram ainda mais para receber a telemetria e até para criar eventos operacionais. Assim, por exemplo, foi instituído o grupo MTOS (Motoristas Técnicos Operacionais), que contribui em levar informações aos motoristas e ajudar no processo de gestão.

Nesse aspecto, também surgiu o MKBE (Média de Quilometragem entre Eventos), que mede quatro eventos: aceleração, freada e curva bruscas, bem como excesso de velocidade. De acordo com informações, no início da implantação da telemetria MiX, eram registrados um evento a cada sete quilômetros e hoje o indicador é 288 quilômetros. Outrossim, houve uma redução significativa de 7% no consumo de combustível, aumento do desempenho dos motoristas e uma diminuição de 6,2% nas reclamações. “Tivemos que, mudar a cultura da empresa para chegar a esse nível de benefício que a telemetria traz e, hoje, temos resultados muito positivos, inclusive para outras áreas”, disse Coutinho.

O Grupo também criou outro indicador, o MTBE (Média de Tempo entre Eventos), que permite saber quais eventos fora da faixa verde aconteceram. Em linhas gerais, os gestores das empresas identificam onde ocorrem excesso de velocidade, chamando a atenção dos motoristas para os erros cometidos. Com o uso da tecnologia, ainda é possível desligar o veículo se houver a identificação que ele está em marcha lenta excessiva, sendo desligado remotamente, o que evita desperdício de combustível, emissão de poluentes e ainda ajuda a aumentar a vida útil do motor.

Em uma das operadoras do Grupo, a Viação Santa Brígida, o uso da telemetria impediu o desvio de combustível. “Instalamos uma válvula na tampa do combustível com controle pela telemetria, que só é aberta com uma chave específica. Inclusive, cadastramos cercas eletrônicas, como postos autorizados para abastecimento, então conseguimos saber quando a tampa é aberta fora do padrão”, ressaltou Igor Cardoso, encarregado de Tecnologia Embarcada da operadora.

De acordo com informações, um dos diferenciais da tecnologia embarcada é poder captar e analisar os dados por meio do business intelligence (inteligência empresarial) de forma ágil e compartilhá-los com a operação, permitindo a gestão diária pela ferramenta e dashboard MiX. “Conseguimos consolidar os dados por garagens, motoristas e o que for necessário para tomadas de decisões pelas áreas responsáveis”, disse Daniel Coutinho.

A manutenção é outro ponto sensível observado com o emprego da tecnologia do monitoramento. Criou-se também a cultura das manutenções preditivas e preventivas, onde as empresas do grupo conseguem, por exemplo, saber se as baterias estão adequadas e, caso estejam sem tensão, sejam carregadas ou trocadas antes do motorista chegar na garagem, o que evita prejuízos para a empresa.

E, novamente, em termos de segurança, é possível saber se o motorista fez freadas por impacto ou curva pelo acelerômetro. Com isso, os gestores conseguem saber qual foi a velocidade antes do impacto, se o motorista reduziu antes, entre outros pontos. “Depois de meses de desenvolvimento, testes nas garagens e na rua, implementamos essa funcionalidade”, disse Jefté Souza, analista de Telemetria. Já no caso das curvas bruscas, a tecnologia permite saber a intensidade da curva e, assim, entender o que realmente aconteceu nesse momento, independente se tem ou não sinal de GPS.

Imagem – Divulgação

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