Abrindo a tampa do baú

O conforto ao passageiro foi um item essencial pensado pelas montadoras de chassis

Continuando sobre o histórico da introdução da suspensão pneumática nos ônibus brasileiros, esta coluna relembra que, além das montadoras que ofereciam esse componente em seus chassis estradeiros, houve também iniciativas por parte de operadoras, sendo a paranaense Viação Garcia a pioneira em promover tal intento.

Em 1976, a transportadora deu seus primeiros passos para colocar em seus ônibus uma suspensão mais macia, que agradasse seus passageiros pelo conforto. E, claro, a questão custo também esteve relacionado com o projeto caseiro, sendo muito vantajoso produzir seu próprio equipamento.

A empresa chegou a registrar seu projeto junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), com as características que davam uma nova disposição para a suspensão traseira, formada com bolsões de ar e molas metálicas, tendo especificações ideais para oferecer maior segurança e suavidade, especialmente nas curvas, reduzindo ainda os impactos causados pela irregularidade de pavimentos das estradas brasileiras.

Alguns anos depois, a capixaba Viação Itapemirim passou a construir seus chassis para o modelo de ônibus de sua concepção, Tribus, com três eixos, tendo também a suspensão a ar. E o mercado, a partir de meados da década de 1980, acabou se abrindo para esse componente, com o surgimento de versões maiores de ônibus, provocando uma transformação nos serviços, na capacidade de transporte dos veículos e nos projetos das carroçarias.

Imagem – Acervo INPI

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