Quem visitou a feira paulistana se surpreendeu pelo nível de capacidade e de impulso em termos de apresentação tecnológica e inovações. Foram três dias que chamaram a atenção pelos produtos, serviços e conceitos apresentados, visando a entrega de uma operação com desempenho e rentabilidade.

No tocante aos veículos, o destaque ficou por conta dos chassis com os novos propulsores a diesel Euro VI, que estarão em vigência a partir de janeiro de 2023. Cada montadora expôs seus modelos e concepções estruturais para a obtenção da redução das emissões poluentes, principalmente em material particulado e óxido de nitrogênio. Ainda assim, visualizando o que futuro irá solicitar, a tração elétrica teve espaço garantido na mostra, com algumas fabricantes apresentando oficialmente seus projetos e ideais.

Dentre as montadoras de chassis, a Mercedes-Benz ressaltou seu portfólio de chassis equipados com as novas versões de motores a diesel OM 924 LA, OM 926 LA e OM 460 LA Euro VI, que foram desenvolvidas no País para a realidade local, sendo amplamente testadas em bancos de provas do Laboratório de Emissões na fábrica da Empresa em São Bernardo do Campo (SP), no Campo de Provas de Iracemápolis (SP) e ainda em ruas e estradas.

De acordo com a marca, a tecnologia BlueTec 6 é uma combinação aplicada aos motores Mercedes-Benz que resulta numa solução robusta de pós-tratamento de emissões, formada por três módulos: DOC (catalisador de oxidação), DPF (filtro de partículas) e SCR (Redução Catalítica Seletiva). Ganhos econômicos e ambientais são o trunfo da empresa para os seus clientes.

A Scania salientou os seus novos modelos de chassis com motores e a gama de trens de força que vão proporcionar até 8% de economia de combustível em ônibus rodoviários – sendo 7% do motor XPI Euro 6 e 1% da caixa automatizada Scania Opticruise –, e de até 10% nos urbanos, sendo 7% do motor XPI Euro 6 e 3% da caixa automática ZF EcoLife 2.

Dentre as novidades da Scania estão os motores com sistema de injeção múltipla XPI e lay shaft brake (troca de marchas 45% mais rápidas), evolução do sistema de segurança ADAS e novos sensores (alertas de ponto cego e de pedestres), atualizações das caixas de câmbio Scania Opticruise (rodoviários) e ZF EcoLife 2 (urbanos), chassi mais leve, novo eixo traseiro direcional do urbano de 15 metros com sistema eletro-hidráulico, rodoviário 8×2 com 500cv (maior potência do mercado) e área do motorista redesenhada e aprimorada (painel, volante e pedais), os planos de manutenção flexíveis (redução no custo de reparos em até 25%), o Control Tower (até 30% de diminuição no tempo de parada) e o Scania Zone (monitoramento mais personalizado da frota e que permite controlar a média de velocidade em trechos críticos). 

A Volvo também destacou seus novos motores de 13 litros com emissões nível Euro VI, além da nova geração da transmissão I-Shift e os diversos outros avanços que reduzem o consumo de combustível em até 9%. Segundo ela, os aprimoramentos tornaram o chassi ainda mais conectado, seguro e ambientalmente correto que seus antecessores.

A marca sueca informou ainda que seus novos motores possuem a tecnologia Common Rail, que consegue maior pressão de injeção de combustível, fazendo com que a queima seja perfeita, gerando maior eficiência energética.

Já a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), exibiu os novos modelos de chassis Volksbus 11.180 S e 17.230 S, ambos com suspensão a ar, sucessores dos modelos mais vendidos da VW. São os primeiros integrantes da nova família de ônibus que atendem às normas de emissão de poluentes do Proconve P-8 (equivalente ao Euro VI), e que contam com o que há de melhor em termos de tecnologia.

A montadora informou que a economia é um dos grandes trunfos de seus novos ônibus, sendo que a nova tecnologia embarcada dos veículos disponibiliza informações e avaliações sobre o desempenho do operador em suas rotas, bem como recomenda a melhor forma de direção para aprimorar o consumo de combustível.

A Iveco Bus levou à feira seus consagrados produtos para o transporte, além de novidades, como também o chassi 17-210 G a gás natural, que também pode ser abastecido com biomentano, para encarroçamento de até 12 metros, tendo seis cilindros de gás (80 litros em cada, o que dá um total de 100 metros cúbicos, garantindo autonomia para 250 quilômetros), motor com 204 cv e 750 Nm de torque. É um veículo que poder ser usado tanto no transporte urbano, como em serviços de fretamento.

No contexto dos motores Euro VI a diesel, a montadora mostrou o seu chassi para micro-ônibus 10-190 (190 cv de potência) e o modelo semipesado 17-280 (280 cv) para aplicação urbana e em fretamento.

Quer saber mais sobre os chassis com propulsores Euro VI? Então aguarde a próxima edição da revista AutoBus.

Imagens – Divulgação, Revista AutoBus e Ronaldo dos Santos