Com os ônibus elétricos, a segurança é, antes de tudo, uma condição primordial

A Mercedes-Benz disse que dará suporte a todos que fazem parte do ecossistema da eletromobilidade, especialmente nesse momento de transição do motor diesel para a tração elétrica

Com foco na segurança operacional, a fabricante de chassis para ônibus, Mercedes-Benz, realizou em sua fábrica de São Bernardo do Campo, há poucos dias, um workshop de segurança sobre o seu modelo de chassi com tração elétrica eO500U. Tal evento foi aplicado a representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, SPTrans, CET, SAMU e Defesa Civil, além de gestores de manutenção de empresas de ônibus e profissionais do Ambulatório Médico da própria marca.

Ônibus elétricos são a tendência para o transporte urbano do futuro. Contudo, sabemos que, quando há alguma ocorrência de incêndio nos mesmos, pouca coisa pode ser feita se o estágio do fogo se encontra em situação de difícil controle. Não há o que fazer, o correto é procurar se afastar do perigo e deixar queimar.

De acordo com Walter Barbosa, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, o objetivo do workshop foi de compartilhar experiências, informações e boas práticas que envolvem segurança do sistema elétrico do veículo, operação sob alta tensão, baterias e riscos inerentes às operações com veículos elétricos em geral. “Afinal, esta é uma novidade para todos nós. Temos expertise local e global da Daimler Truck para contribuir com esse processo, o que nos posiciona na linha de frente na introdução dos ônibus elétricos nos sistemas de transporte coletivo urbano no País. Para se ter uma ideia, o eO500U é um produto mais seguro possível no que se refere ao sistema elétrico e às baterias, já atendendo à norma europeia ECE R100 versão 3, a mais recente e top em segurança, superior à exigida no Brasil”, enfatizou o executivo.

Esclarecimentos sobre os principais temas relacionados com a segurança dos ônibus elétricos

A fabricante disse que dará suporte a todos que fazem parte do ecossistema da eletromobilidade, especialmente nesse momento de transição do motor diesel para a tração elétrica. Sua equipe de eMobility centraliza todas as ações ligadas ao novo produto e ao novo segmento de mercado, incluindo apoio a clientes, motoristas, equipes de manutenção, profissionais de oficina, gestores do transporte público, concessionários da marca, encarroçadores e demais parceiros.

Luiz Carlos Moraes, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Mercedes-Benz do Brasil, comentou que o eO500U já faz parte do portfólio mundial multissoluções da marca para os clientes. “Seus benefícios para a sociedade são inquestionáveis: zero emissão de carbono, zero poluição do ar, totalmente silencioso e com menores custos operacionais, evidenciando especialmente os ganhos ambientais para a sociedade. Já o workshop de segurança reflete o nosso compromisso com a responsabilidade social. Assim, a operação brasileira segue alinhada à estratégia global da Daimler Truck de práticas de ESG”, explicou.

A Mercedes-Benz informou que o seu chassi com tração elétrica é produzido em sua moderna Linha 4.0, sendo que um dos grandes diferenciais desse avançado processo produtivo é a flexibilidade da operação, ou seja, o novo modelo elétrico é produzido na mesma linha de montagem dos demais chassis de ônibus a diesel da marca, o que inclui micros LO, as linhas OF e O 500 de urbanos e rodoviários, além de articulados e superarticulados. “Cerca de 600 colaboradores foram treinados e estão capacitados para a produção do chassi de ônibus elétrico na nossa planta de São Bernardo do Campo com toda a segurança necessária, levando em conta as especificidades técnicas do novo produto e as características referentes à energia elétrica. No desenvolvimento da linha de montagem com conceitos da Indústria 4.0, nós já previmos todos os requisitos necessários para acomodar a produção dos elétricos”, salientou Sergio Magalhães, vice-presidente de Ônibus Mercedes-Benz América Latina.

O jornalista José Carlos Secco, do portal Truck and Bus Builder, por intermédio de um artigo publico no Linkedin, o maior risco nos veículos elétricos associado às baterias de íons de Lítio é a ocorrência de fuga térmica. Caso as baterias de íons de Lítio sejam expostas a calor elevado, falha mecânica, sobrecarga ou sujeitas a danos físicos durante o uso, isso poderá causar um curto-circuito interno. Esse curto-circuito produz excesso de calor, desencadeando uma reação química dentro das células da bateria e causando um processo denominado fuga térmica.

A fuga térmica faz com que a bateria produza ainda mais calor, causando ignição e emissões de gases tóxicos, que em alguns casos podem causar grandes explosões. Uma vez em fuga térmica, uma bateria terá a capacidade de produzir sua própria fonte de oxigênio, aumentando as chamas e reduzindo a eficácia dos métodos tradicionais de supressão de incêndio.

De acordo com Secco, existem no mercado, desde 2020, sistemas de detecção e combate a incêndios desenvolvido especificamente para veículos comerciais elétricos e híbridos, como o da Dafo, empresa sueca que desenvolve e produz sistemas de detecção e supressão de incêndio para veículos com motores de combustão interna e elétricos. Tal recurso monitora continuamente a bateria em busca de defeitos e, uma vez detectados, ativa um extintor de incêndio interno, integrado ao componente da bateria, que usa um novo agente de supressão, o Forrex EV, para realizar o resfriamento pontual.

Imagens – Divulgação

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