Cuidado com o transporte clandestino!!

Os riscos dos transportes clandestinos são inúmeros, a começar por quem dirige veículos não autorizados pela ANTT, como por exemplo, os antecedentes criminais dos motoristas de ônibus clandestinos não são verificados

A Abrati, Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros, lançou há poucos dias a campanha de conscientização “Sua Vida Vale Mais. Diga Não ao Transporte Clandestino”. O intuito é mostrar que há uma grande preocupação quanto à uma viagem mais segura, responsável e confortável.

De acordo com a entidade, os riscos dos transportes clandestinos são inúmeros, a começar por quem dirige veículos não autorizados pela ANTT, como por exemplo: (1) os antecedentes criminais dos motoristas de ônibus clandestinos não são verificados; (2) eles não têm treinamento para dirigir os equipamentos (Leito Total – LD – e Double Deck), nem treinamento para dirigir à noite ou em grandes distâncias; (4) não contam com alojamentos de descanso adequado e (5) não passam por testes toxicológicos periódicos, aferição alcóolica ou de outros medicamentos pré-jornada. “Toda essa irresponsabilidade não apenas coloca em risco a vida de milhões de passageiros em todo o Brasil, mas também ceifa milhares de vidas de outros viajantes que circulam nas rodovias. Ao contrário dos motoristas de ônibus clandestinos, os condutores do transporte regular seguem as regras da ANTT e contam com padrões de treinamentos rigorosos, testes toxicológicos contínuos, alojamentos para descanso e têm toda a sua vida pregressa civil e criminal verificada antes de serem contratados”, ressaltou Eduardo Tude, presidente da Abrati.

Um detalhe observado pela associação é o levantamento realizado pelo Setpesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do estado de São Paulo), que mostra a quantidade de viagens realizadas ilegalmente por mês no estado paulista – cerca de 6.801 viagens -, totalizando 81.612 por ano. Desse total, 42,5% das viagens ilegais são realizadas apenas por um aplicativo. Para ela, se considerar o número de passageiros que colocam suas vidas em perigo, os dados são alarmantes, com mais de 684 mil pessoas que recorrem por ano a esse transporte irregular para viajar pelas estradas. “É um tiro no escuro. Você entra no clandestino e não faz ideia se o ônibus pode quebrar e causar algum acidente, não sabe se o motorista está preparado para aquele trajeto. A segurança é zero”, afirmou a conselheira da Abrati, Letícia Pineschi. Além disso, segundo ela, os clandestinos não cumprem protocolos sanitários, comprometendo a saúde de seus passageiros, o que é agravado em um momento de pandemia.

Outro agravante é que, além de não saber quem está no volante de um clandestino, as condições de manutenção dos veículos é um ponto crucial, pois não passam por vistorias técnicas, conforme exigem as regras da ANTT e quando fiscalizados, são apreendidos e deixam os passageiros na estrada.

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