Entre São Paulo e Rio de Janeiro, a Águia Branca se destaca

No tocante aos ônibus, a operadora rodoviária utiliza os veículos mais modernos, com tecnologia embarcada

Na emblemática rota rodoviária brasileira que liga as capitais paulista e fluminense, a Viação Águia Branca vem tendo importante papel na mobilidade de muitos passageiros. A operadora, de origem capixaba, está atuante no setor há 77 anos, atendendo a mais de 700 localidades dos oito estados: Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas, Sergipe e Pernambuco.

Conforto e segurança são duas palavras que norteiam a estratégia comercial da transportadora. Além dos modernos ônibus com tecnologia embarcada, ela é pioneira em diversos projetos na área de segurança, entre eles o Programa Medicina do Sono, iniciativa da empresa há mais de 24 anos, que inclui atividades de capacitação e acompanhamento individual dos motoristas, salas de estimulação do alerta, localizadas em pontos estratégicos para a manutenção do nível ideal de atenção ao dirigir e prevenção à sonolência.

A revista AutoBus esteve acompanhando um pouco da operação da Águia Branca a partir de sua base de São Paulo, de onde partem diversos ônibus com destinos ao Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras. Ao chegar em sua garagem, localizada na Vila Guilherme, na capital paulista, pode-se ver uma estrutura enxuta e compromissada com todos os aspectos relacionados com a melhor condução, as perfeitas condições de manutenção dos veículos e a valorização dos profissionais do volante.

Aspectos da área de manutenção, com a primazia de promover os melhores serviços de manutenção

De acordo com José Ramos, gerente Operacional da Águia Branca, há uma grande preocupação, ressaltada pela empresa, em selecionar e manter um alto nível de condução por meio de motoristas descansados, bem alimentados e atentos com as regras que são fundamentais para se alcançar os melhores serviços disponibilizados para os passageiros. “Nossos protocolos e procedimentos fazem com que as viagens sejam mais seguras, onde o motorista tem um perfil de condução pré-definido e que atende a determinados períodos dos serviços, sejam eles diurnos ou noturnos. Destaco, também, que, antes de cada motorista iniciar sua jornada, ele passa por um teste com 36 questões de raciocínio rápido (com tempo de respostas entre 1 e 1m15), que identifica possíveis sinais de desatenção. Além disso, há os testes de fadiga e do bafômetro. Sem isso, ele não sai da garagem com o ônibus”, explicou Ramos.

O número total de motoristas da empresa chega a 1.100 profissionais (200 somente na base de São Paulo) que passam por um rigoroso processo de seleção e treinamentos que conferem a segura condução. Na garagem paulistana, por exemplo, o que foi mostrado refere-se ao cuidado em promover, desde a entrada em serviço, uma cultura que visa conhecer as condições físicas e psíquicas dos motoristas, dando-lhes um tratamento atencioso, num ambiente de trabalho equilibrado, que geram resultados positivos. A estrutura da garagem contempla a oficina, a sala de tráfego e de alimentação e área dos dormitórios, bem como uma academia para práticas esportivas.

A saúde dos profissionais tem sido uma pauta de extrema importância para a empresa. Nesse sentido, ela adota o programa Medicina do Sono, sua iniciativa que completou 23 anos e foi criado pelo dr. Sergio Barros, médico do Trabalho especialista em Medicina do Sono, com o objetivo de ser uma ferramenta de segurança, atuando de forma preventiva para evitar acidentes relacionados à falta de descanso apropriado. Na empresa, o motorista tem que dormir, no mínimo, oito horas. Isso é fundamental.

A sala de estimulação aos motoristas

Dentro desse escopo, há salas de estimulação de alerta (equipadas com lâmpadas que totalizam mais de 5 mil lux de iluminação), que ficam localizadas em pontos estratégicos de paradas de motoristas para a manutenção do nível ideal de atenção ao dirigir e prevenção à sonolência por meio de estímulo luminoso, alimentação balanceada e prática de atividades específicas. Ao todo, são 30 salas espalhadas em diferentes pontos de paradas.

Na rota entre São Paulo e Rio de Janeiro, a sala de estimulação está instalada nas paradas dos ônibus que ficam na cidade de Guaratinguetá. Lá, todos os motoristas que saem da capital paulista ou da fluminense, a partir das 18h, têm que passar pelo local para lanchar, com alimentos saudáveis e leves (frutas, pães, sucos), além da prática de alongamento corporal e exercício na bicicleta ergométrica, bem como receber a luminosidade específica orientada para os fins de estímulo à atenção na estrada.

A Águia Branca enfatiza outras ações voltadas para o contexto como palestras e workshops que buscam ressaltar a importância do sono para a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar físico e emocional dos motoristas e demais colaboradores.

A frota da transportadora conta com 700 ônibus, todos com carroçarias Marcopolo (Paradiso 1200, 1350 e 1800 DD) e chassis Mercedes-Benz da linha O-500 nas versões 4×2, 6×2 e 8×2. Seu processo de manutenção veicular envolve as ações com inspeções de rotinas (com 126 itens), as revisões preventivas e as corretivas, sempre buscando deixar os ônibus em perfeitas condições de operação. Quanto a troca de pneus, a empresa realiza a mesma quando eles estão com 3 mm de sulco (por lei é 1,6 mm) nos eixos traseiros (os dianteiros são trocados com 7 mm, sendo repassados para os eixos traseiros). Todos os materiais, resíduos e óleos utilizados e não servíveis são descartados e recolhidos por empresas credenciadas que dão um fim correto e sustentável.

No sentido de monitorar a sua frota, a Águia Branca tem o sistema de telemetria que acompanha, em tempo real, todos os ônibus, visando a segurança e a localização dos mesmos.

Rogério Lima, motorista instrutor, lembrou que há o indicador de risco em que mostra ao profissional do volante todas as suas ocorrências, alertando-o para que não venha cometer erros que comprometam a segurança nas viagens. “Para se ter uma ideia, em abril passado tivemos, apenas, uma ocorrência, de excesso de velocidade em 1.343.000 quilômetros percorridos. Em 2023, não tivemos um acidente provocado por nossos motoristas. Isso para nós é uma imensa satisfação”, destacou Lima.

A média de consumo de combustível é outro item observado pela operadora capixaba. Segundo Lima, existem metas estabelecidas para se alcançar a condução econômica, conforme o tipo de ônibus utilizado. Por exemplo, na linha entre São Paulo e Rio de Janeiro, a meta varia entre 3,25 e 3,50 km/l. “As metas (até 4,25 km/l) variam de acordo com os modelos de ônibus que utilizamos, além dos aspectos operacionais, como trânsito, calor, período do dia. Nossa condução econômica se traduz em sustentabilidade ambiental, com menor poluição emitida. Para chegarmos a isso, nossos motoristas são instruídos e treinados para alcançarem os objetivos, sempre com uma velocidade constante que não prejudique as metas”, afirmou Lima, que tem 31 anos de profissão, 14 anos como instrutor e quase 18 anos de Águia Branca.

Outrossim, os motoristas são reconhecidos e valorizados com benefícios e bônus financeiros junto ao vale alimentação concedido ao profissional e outras premiações relacionadas com os aspectos de aparência, educação, condução econômica e não ocorrências negativas na operação. “A cultura da empresa é, sempre, ter programações específicas que valorizem os nossos profissionais, com qualificação, junto com a participação da família como incentivadores à melhor condução”, disse José Ramos.

Conforto e segurança nas muitas viagens realizadas

No tocante aos ônibus, a viação utiliza os veículos mais modernos, com tecnologia embarcada, tanto na carroçaria Marcopolo, como nos chassis Mercedes-Benz, sempre atenta aos quesitos da segurança e do conforto nas viagens.

Completando a experiência operacional, este editor fez uma viagem até o Rio de Janeiro em um dos modernos veículos Paradiso 1800 DD G8 (chassi O500 RSDD) da empresa, comprovando o conforto oferecido por intermédio da poltrona leito cama.

Obs – este editor tem 1,90 metros e se adequou muito bem à poltrona leito cama nas seis horas de viagem entre as principais capitais brasileiras

Imagens – Divulgação e Revista AutoBus

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