Por novas energias no transporte

Com o intuito de incentivar o diesel verde, a CNT apresenta um novo estudo sobre esse biocombustível. A ideia é mostrar ao Brasil mais uma opção de recurso energético para o sistema de transporte

O mundo não pode ficar sem energia para viver e se mover. Não somos nada sem ela, ante à dependência desse insumo, onde todas as tecnologias modernas só são úteis com algum tipo de modelo energético. E, dentre as opções de fontes de energia, os biocombustíveis se apresentam como uma das soluções para o Brasil alcançar sua sustentabilidade ambiental, principalmente no setor de transportes.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) lançou, há alguns dias, a sua publicação técnica chamada de “Diesel Verde – Uma opção de baixo carbono para caminhões e ônibus rodoviários -”, inserida como uma nova edição (a quarta) da Série CNT Energia no Transporte, que já abordou as fontes: hidrogênio renovável, eletromobilidade e biometano.

De acordo com a entidade, o referido trabalho mostra que o grande diferencial do diesel verde é sua composição química, que o torna totalmente compatível (drop-in) com os atuais motores movidos a diesel dos ônibus e caminhões nacionais, sem a necessidade de modificações no sistema, por ter uma estrutura de moléculas semelhante à do seu equivalente de origem fóssil – o diesel mineral.

Dentre as vantagens do diesel verde destacam-se por ele ser renovável e, em sua combustão, emitir menos gases considerados nocivos à saúde humana e ao meio ambiente, tais como hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO), óxidos nitrosos (NOx) e material particulado (MP).

Para melhor entendimento, a publicação conta com gráficos e comparativos, com base em dados coletados em diversos países, que demonstram o desempenho ambiental do diesel verde em veículos que não precisam sofrer modificações mecânicas. A CNT ressalta que, em todos os cenários levantados em veículos de ciclo diesel, a performance energética foi positiva em termos de eficiência e redução de emissões associadas nos diferentes ciclos de condução.

Para a CNT, o País tem grande potencial para produzi-lo, uma vez que é abundante em matérias-primas fundamentais ao seu processo produtivo, como óleos vegetais e gordura animal, e pode até se tornar um fornecedor mundial do insumo. Cabe destacar que a produção de diesel verde é realizada a partir de diversas tecnologias, sendo o hidrotratamento na presença de hidrogênio a mais difundida mundialmente. Esse processo leva à obtenção do óleo vegetal hidrotratado (HVO, da sua sigla em inglês), que pode ser abastecido em veículos pesados.

Mas, para sua viabilidade, o Brasil, ainda, carece de um parque produtivo, sendo necessário investimentos em infraestruturas de refinarias ou na construção de novas biorrefinarias dedicadas. Além disso, faltam políticas públicas que estimulem a sua produção e o seu consumo em escala nacional.

Imagem – Divulgação

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Ônibus movido a biometano, por Juliana Sá, Relações Corporativas e Sustentabilidade na Scania

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