Voith com novo sistema de tração elétrica

De acordo com a Voith, estudos indicam que o tráfego urbano passará por grandes mudanças devido a fatores como crescimento populacional, poluição do ar e mudanças climáticas e a demanda por transmissões

Consagrada marca mundial na fabricação de transmissões para veículos co- merciais, a Voith traz para o segmento de ônibus urbano seu inovador sistema de tração elétrica, com baixo peso, ruído e consumo energético. A novidade conta com um motor de ímãs permanentes resfriado por água combinado com inversor de alta eficiência e sistema inteligente de gerenciamento de energia para garantir o máximo desempenho de condução, sem a necessidade de uma transmissão adicional. A tecnologia também permite a operação com alta efici- ência até mesmo em ônibus articulados.

Rogério Pires, diretor da Divisão de Mobilidade da Voith Turbo no Brasil, expli- cou que o desenvolvimento da tecnologia (neste princípio para o mercado euro- peu) é resultado do conhecimento da marca na produção de sistemas de tração para o setor metroferroviário, aliado a expertise em transmissões e na tração híbrida para ônibus urbanos. “Não queremos apenas oferecer a tecnologia. Nossa proposta é que o veículo opere de forma eficiente, por meio de uma a- brangência das condições de uso, em como ele pode ter desempenho dentro dos sistemas urbanos”, observou Pires.

A tecnologia da propulsão (com torque de 2.250 Nm e uma potência de 260 kW) utiliza a bateria de lítio e fosfato de ferro para o armazenamento de ener- gia, fato que não impede que os modelos com outros componentes químicos venham ser adotados. “Temos que promover flexibilidade para o operador ob- jetivando ganhos operacionais ao mesmo. No tocante a recarga da bateria, te- mos a opção da frenagem regenerativa, do sistema plug in ou por forma rápida, com o pantógrafo instalado em pontos e terminais de passageiros”, disse Pires.

A autonomia do ônibus de demonstração em que o sistema foi instalado supe- ra os 200 quilômetros, o que corresponde à quilometragem total de um dia de operação de uma linha de ônibus convencional. Há que ser levado em conside- ração os vários aspectos da operação, em como ele será inserido no contexto dos serviços.

De acordo com a Voith, estudos indicam que o tráfego urbano passará por grandes mudanças devido a fatores como crescimento populacional, poluição do ar e mudanças climáticas e a demanda por transmissões ecológicas e de bai- xo ruído no transporte público vem crescendo rapidamente. “Estamos presen- tes no segmento de ônibus urbano há muito tempo. Nosso know how nas dife- rentes aplicações no mercado mundial nos garante dizer que o transporte elé- trico é a tendência na mobilidade”, afirmou o diretor da Voith.

Para se destacar nesse mercado competitivo que está se tornando a eletromo- bilidade, Rogério Pires ressaltou que a melhor maneira será promover ainda mais o conhecimento adquirido ao longo dos anos com o desenvolvimento das transmissões automáticas da marca. “Vamos utilizar nossa expertise alcançada com as transmissões automáticas comercializadas por nós em vários lugares do mundo. Temos muitos dados e informações que nos permitirão proporcionar uma gestão otimizada do novo sistema de tração”. Para o Brasil, segundo o e- xecutivo, é preciso uma análise bem profunda no tocante da promoção da ele- tromobilidade, levando-se em consideração a adoção de políticas públicas, in- centivos e o fornecimento de energia. “Vamos ter que integrar as soluções para se alcançar viabilidade”, comentou.

Para a Voith, até 2030 a tração elétrica terá ultrapassada as outras soluções de tração nas frotas das operadoras de ônibus. A empresa prevê um crescimen- to significativo do mercado de eletromobilidade para ônibus em todas as regi- ões do mundo. “Mas é necessário criar uma rede com estrutura que permita que os ônibus elétricos tenham eficiência operacional e possam apresentar ga- nhos e benefícios no ambiente urbano”, salientou Pires.

A fabricante destaca que nesse processo, o segmento de ônibus urbanos cons- tituirá apenas um primeiro passo rumo a cidades isentas de emissões – uma tendência que deverá ocorrer nos outros segmentos do setor de transporte.

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