Ressaltando o mercado de ônibus, no Brasil e América Latina, a Volvo Buses Latin America mostrou crescimento expressivo de 94% em seus volumes vendidos e entregues na região. De acordo com a marca, a expansão foi resultado da robusta recuperação do segmento de rodoviários no Brasil, após o período da pandemia, bem como entregas de urbanos para São Paulo e Rio de Janeiro e a maior venda de ônibus Euro 6 do continente, para Santiago, Chile.

O volume total chegou a 1.967 unidades, o que representa uma participação de 34% nas entregas mundiais da montadora nesse tipo de veículo em 2022.

Impulsionado pelo fim das medidas de distanciamento e pelo gradativo retorno à normalidade, com muitas pessoas voltando a viajar e a fazer turismo interno por via terrestre, o segmento de transportes rodoviários cresceu significativamente. Foram 391 chassis rodoviários Volvo licenciados no Brasil no ano passado, um crescimento de 220% sobre o ano anterior. “A América Latina tem uma forte representatividade nos negócios da Volvo Buses global. Os países da nossa região são estratégicos para nosso negócio. Na questão do ônibus rodoviário, foi o maior crescimento percentual entre todas as marcas que atuam no País”, destacou André Marques, presidente da Volvo Buses LA.

Em termos de veículos urbanos, a fabricante salientou a comercialização, no ano passado, de 240 chassis para São Paulo, para a renovação de frota de diversos operadores do maior sistema de transporte coletivo urbano da América Latina e 100 chassis articulados para o BRT carioca. “São negócios que demonstram a confiança do mercado em nossa oferta de veículos e serviços para sistemas de grande capacidade, com ônibus de alta robustez e desempenho, com baixo consumo de combustível”, observou Marques.

Para este ano, o executivo acredita que os números totais de vendas de ônibus, acima de 16 toneladas, deverão chegar muito próximo ao de 2022. Marques também focou em novidades que marcarão presença no mercado brasileiro, como a família de motores D13, Euro VI, e a chegada do chassi com tração 100% elétrica a baterias.

A eletrificação é a principal pauta da montadora no quesito transporte coletivo urbano, por isso a aposta pelo conceito único que irá favorecer o tema da mitigação das emissões poluentes vindas dos ônibus com propulsão tradicional. O chassi BZL integra toda a experiência da marca em modelos elétricos há vários anos na Europa, podendo ser equipado com um variado número de baterias – de três a cinco -, bem como um ou dois motores elétricos de 200kW de potência (cada) e torque de 800Nm (cada), com possibilidade de autonomia de 300 quilômetros, dependendo do modelo operacional.

As baterias poderão ser recarregadas na garagem do operador no período noturno ou receber recargas rápidas de seis minutos por meio de pantógrafo. A demonstração do modelo BZL ocorrerá em algumas importantes capitais, como Santiago, Bogotá, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. No Brasil, serão duas unidades que receberão carroçarias da marca Caio e Marcopolo. “Trata-se de um movimento sem volta. A eletrificação foi escolhida por nós como marca, inserido nos valores tradicionais da empresa em respeito ao meio ambiente”, disse Marques. O respectivo chassi já é produzido para os mercados europeus e também australiano.

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