A produção de biometano deve chegar a 7 milhões de metros cúbicos até 2029. Esse dado foi apresentado na 30ª Fenasucro & Agrocana, feira realizada na cidade paulista de Sertãozinho, durante o painel ‘A Bioenergia, envolvendo à Bioeletricidade, Biogás e Etanol’, durante o 14º Seminário de Bioeletricidade UNICA, CEISE e COGEN.
Hoje, há 25 plantas de biometano aguardando autorização para iniciar suas operações no Brasil, quantidade que reflete o crescente interesse e o potencial do mercado. Patrícia Bassili, gerente de planejamento da Mitsui Gás e Energia do Brasil e conselheira da Abiogás (Associação Brasileira do Biogás), destacou que o Brasil possui um grande potencial para a sua produção, um combustível renovável que pode transformar resíduos orgânicos em uma fonte de energia sustentável. “Para que essa capacidade de produção seja alcançada nos próximos anos, diversas iniciativas estão em andamento, entre elas a expansão das plantas que são consideradas fundamentais para o avanço da sustentabilidade no Brasil, já que oferece uma alternativa ecológica aos combustíveis fósseis, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e a melhor gestão de resíduos. E o setor de transporte é crucial para essa descarbonização”, afirmou.
As vantagens do mercado de biogás são expressivas. De acordo com o setor, as previsões indicam que a produção de biogás pode gerar cerca de 800 mil empregos, com investimentos de R$ 120 milhões e uma redução estimada de 640 milhões de toneladas de carbono. Sendo que o estado de São Paulo se destaca, responsável por mais de 55% da produção de desse biocombustível a partir de cana-de-açúcar. “O mercado já está começando a absorver o biometano com algumas frotas pesadas e produtores de etanol utilizando esse combustível para reduzir a pegada de carbono na produção de açúcar e etanol. Essas iniciativas contribuem para a sustentabilidade e posicionam os produtores como líderes na adoção de tecnologias limpas”, disse Patrícia.
Imagens – Reprodução
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