A força delas

O setor de transporte de passageiros representa, cada vez mais, uma oportunidade para a presença feminina

Na semana que passou, mais precisamente no dia 8 de março, as celebrações em torno do Dia Internacional das Mulheres sempre evocam o tema e a necessidade por reconhecimento de que a presença feminina se faz presente e é importante em todos os setores de nossa vida e cotidiano.

Veja o caso do setor de transporte de passageiros, que tem, mesmo que em pequeno número, a presença das mulheres em diversas funções. Na Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC), de Goiânia, GO, são 63 mulheres como motoristas em um universo de 2.503 profissionais (2.440 são do sexo masculino). Porém, o fato, por si, já quebra barreiras e preconceitos, demonstrando que a mulher tem a liberdade e capacidade de trabalhar em qualquer profissão, seja operacional e gestão.

Quando elas passam ou param no ponto de ônibus para embarque de passageiros, as pessoas ainda se espantam e distribuem elogios ao vê-las na direção do volante de um ônibus do transporte público coletivo da Grande Goiânia. 

As mulheres condutoras, com seus uniformes tradicionais, nunca esquecem do toque feminino. Dessa maneira, o batom sempre está à disposição, no bolso e, em uma ou outra parada, o retoque da cor é garantido. Além disso, seja qual for o tamanho do ônibus, elas estão lá, tendo um importante papel de transportar as pessoas, com dedicação, atenção e profissionalismo.

Andréia Felix, de 40 anos, é uma dessas profissionais que conduz, um ônibus biarticulado no Corredor Anhanguera. Ela dirige, desde dezembro de 2010, esse modelo da Metrobus (operadora pública local), tendo a carreira na direção de grandes veículos iniciada em 2007, quando, então, trabalhou na administração municipal como motorista de caminhões prensa, para recolher lixo. Ambos os cargos, passados e atuais, são de concurso público. “No início tive medo, nunca tinha trabalhado com transporte de passageiros. Ingressei em período chuvoso, a frota já era antiga, pavimento ruim, manutenção ruim, escorregava muito, era um desafio todos os dias. Mas nada como um dia após o outro né?! Graças a Deus fui ganhando experiência, confiança e tudo foi ficando mais natural”, relembra.

Os ônibus são conduzidos com atenção e segurança pelas mãos das mulheres

Outro exemplo é a da motorista de ônibus da HP Transportes, Rozivan Sousa de Oliveira, com 41 anos de idade. Ela concilia a profissão com a maternidade, pois é mãe de 4 meninas e 1 menino. “Trabalhei muitos anos na função de diarista e sempre tive vontade de ter a carteira registrada, porém nenhuma atividade que eu sabia fazer me agradava. Meu filho, que sempre gostou muito de dirigir, ouvia eu comentar que pensava em mudar de profissão, me estimulou a tirar a categoria ‘D’ e fazer o curso de transporte de passageiros para, assim, buscar oportunidade na área do transporte. Fiz testes em outros lugares, porém foi na HP que tive a satisfação de ingressar nessa profissão que tenho orgulho de exercer”, destacou.

Há vários outros exemplos, mas este espaço salientou dois, sempre com o intuito de mostrar que as mulheres podem e devem seguir carreiras distintas, de acordo com as suas vontades. Lugar de mulher é onde ela quiser. E, todos os dias são dedicados à elas. Parabéns.

Imagens – Divulgação

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