A Semove – Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro – teve a iniciativa de criar uma nova ferramenta automatizada que contabiliza o gás carbônico (CO²) não emitido pelo usuário de ônibus ao utilizar o transporte público em vez do transporte individual. Trata-se do carbonômetro, que tem a função de estimar a contribuição do sistema público de ônibus para reduzir a poluição atmosférica e, consequentemente, melhorar a saúde pública de todos os moradores.

De acordo com a entidade representativa, cada passageiro que utiliza ônibus de linhas municipal e intermunicipal tem contribuído significativamente por um transporte mais sustentável no Rio de Janeiro, pois, ao permanecer no transporte coletivo e não optar pelo individual, ele evita em até oito vezes mais a emissão individual de dióxido de carbono (CO²), de acordo com estudo do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Guilherme Wilson, gerente de Planejamento e Controle da Semove, comentou que a proposta é conscientizar a sociedade sobre a importância de valorizar o transporte público por ônibus, sendo que o setor colabora consideravelmente para a preservação ambiental e a melhoria da saúde pública ao evitar a emissão de milhões de toneladas de gás carbônico todos os anos, o que reafirma o caráter de serviço público essencial para a sociedade. “É o momento de repensar a utilização do transporte individual, mesmo o oferecido por aplicativos, devido ao impacto negativo que gera no meio ambiente. Defendemos o uso inteligente do automóvel. Se cada um trocar o carro particular pelo ônibus, seja uma ou duas vezes por semana, a contribuição para a redução da poluição e melhoria da saúde pública será significativa e benéfica para todos. Queremos aumentar gradualmente o número gerado pelo carbonômetro, o que representaria o engajamento da população para a evolução da mobilidade urbana das cidades”, ressaltou Wilson.

Cada passageiro pode verificar a sua própria contribuição com base em seus deslocamentos regulares, seja para trabalho, estudo ou lazer, acessando o site da Semove (semove.org.br), onde há um contador que leva em consideração o meio de transporte utilizado (moto, carro ou ônibus) e a distância indicada no trajeto selecionado. O resultado da simulação pode ser favorável ou não ao meio ambiente, representado por árvores preservadas ou cortadas.

No portal ainda há a disponibilização de informações sobre a quantidade de emissões evitadas, que é atualizada diariamente, a sua equivalência na preservação de mudas da Mata Atlântica e a metodologia utilizada para a criação do carbonômetro.

Imagem – Divulgação