Por Danilo Tamelini, cofundador e presidente LATAM da BusUp

No ano de 1826, em uma cidade na França, surgiu o primeiro ônibus da história, criado por um dono de casa de banhos que desejava transportar os clientes do centro da cidade até a região de suas propriedades. O veículo foi considerado uma inovação, embora muito limitado pelos poucos recursos da época.

A invenção, certamente, passou por muitas mudanças até chegar no modelo que conhecemos hoje e o transporte que era dedicado apenas aos clientes de um francês, se tornou um serviço fundamental para a mobilidade urbana. Não à toa, de acordo com dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, o ônibus faz parte da rotina de 85,7% da população brasileira, seja para lazer, turismo e também para se deslocar até o local de trabalho diariamente. E, como podemos imaginar, grande parte dessa totalidade utiliza o transporte para ir ao trabalho.

Diante dessa realidade, é preciso pensar como tornar a mobilidade urbana mais funcional. Uma das maneiras de fazer isso é incentivar o setor privado a adotar o uso do transporte fretado. Existem muitas vantagens para as empresas implementarem essa estratégia para os funcionários. Uma delas é o desafio noturno de locomoção dos colaboradores em horários que o transporte público não atende a região onde ele mora. A outra é sobre como a gestão otimizada do benefício do transporte pode representar uma redução de custos e melhor controle para as organizações, sendo assim, uma das principais razões pelas quais as empresas optam por este tipo de benefício. Além disso, o transporte corporativo leva a diminuição de carros nas ruas, que consequentemente gera menos trânsito e menos poluição e traz comodidade e segurança para os colaboradores.

Mas o que seria de fato uma gestão inteligente e o que isso pode agregar para as organizações? Diferente dos ônibus do século 19, hoje em dia, graças a tecnologia e dados é possível ter uma série de recursos que tornam o transporte fretado mais eficiente e conveniente. O uso de sistemas avançados e monitoramento, permite que as empresas tenham rotas otimizadas. Com o GPS, por exemplo, é possível monitorar em tempo real a localização dos veículos, identificar possíveis congestionamentos e ajustar rotas de acordo com as condições do trânsito. Isso ajuda a proporcionar agilidade durante os deslocamentos, contribuindo também com mais pontualidade dos funcionários.

Além disso, ao otimizar as rotas dos colaboradores, é possível reduzir os custos associados ao transporte, como combustível, manutenção e desgaste dos veículos. Com uma gestão eficiente, a empresa consegue maximizar a utilização de seus recursos, evitando deslocamentos desnecessários e reduzindo os gastos operacionais.

Entretanto, os benefícios da gestão otimizada de transporte não se limitam apenas às empresas, mas também refletem diretamente na produtividade dos colaboradores. Ao terem um fretado eficiente e seguro à disposição, os profissionais se sentem mais confortáveis e motivados, uma vez que não precisam se preocupar com atrasos ou imprevistos no trajeto. Isso resulta em um ambiente de trabalho mais produtivo, no qual os trabalhadores podem se concentrar em suas tarefas e cumprir seus compromissos sem a preocupação com problemas de deslocamento, o que representa mais tempo para estar com quem realmente importa.

Outro ponto que gosto de destacar é que as soluções de transporte inteligentes estão impulsionando temas importantes, como a mobilidade urbana sustentável. Com a crescente urbanização, uma gestão otimizada torna-se cada vez mais necessária. Só para se ter uma ideia, até 2050, segundo estimativas da ONU, 90% das pessoas se concentrarão em grandes centros urbanos em um cenário em que precisamos reduzir as emissões de carbono, as cidades devem adotar abordagens mais inovadoras e eficientes e, para isso acontecer, as empresas precisam fazer parte dessa mudança.

A gestão inteligente não apenas melhora a eficiência do transporte, mas também tem o potencial de transformar a qualidade de vida das pessoas, promovendo mais sustentabilidade, seja do ponto de vista ambiental, social ou de negócios para as organizações.

Imagem – Divulgação