Nas alturas, com um possante motor

Nos diversos testes promovidos pela montadora, em muitas e diversificadas rotas, obteve-se, com os chassis, uma economia de combustível que pode chegar a 10%, desde que respeitada a operação segura e eficiente

Com uma visão de negócios que objetiva o protagonismo, a Mercedes-Benz reafirmou, recentemente, a sua estratégia de oferecer produtos adequados com as demandas de seus mercados latino-americanos, que vão da Guatemala até o Chile, excluindo a Argentina e o México. Para isso, ressalta em seus chassis estradeiros da linha O500 a maior potência e os novos recursos tecnológicos, visando a aplicação severa em áreas andinas, principalmente.

Seus dois modelos, O 500 RSD 2448 (6×2) e O 500 RS 1945 (4×2), possuem motorização OM 460 LA (Euro V), 13 litros, com 478 cv e 448 cv, respectivamente, e são equipados com itens de avançada tecnologia de segurança, como o ABA 5 (recurso que intervém em caso de colisão iminente com veículos em movimento ou parados na via, além de reconhecer ciclistas e pedestres), assistente de ponto cego (SGA) e LDWS, leitor de faixa.

Mauricio Yamamoto, gerente Sênior de Vendas e Pós-Vendas e Atendimento Cliente Ônibus da Daimler Latina, comentou que os respectivos chassis O500 receberam uma série de inovações para que possa operar nas alturas, em condições que ultrapassam quatro mil metros de altitude. “Especificamos um tipo de produto robusto para os desafios e aplicações severas, tendo um bom desempenho em estradas localizadas em altitudes bem elevadas, com traçados que não apresentam boas condições de uso. Posso afirmar que os chassis também promovem o menor custo operacional da categoria”, ressaltou.

Os modelos foram testados nas mais rigorosas condições de altitude e temperatura no Brasil, Peru, Chile e México. Augusto França, gerente de Vendas e Exportação da Daimler Latina, observou que todas as tecnologias de segurança, agora presentes nas versões Euro VI, foram incorporadas nos dois chassis a fim de promover viagens eficientes. “Queremos adequar as nossas tecnologias com as versões estipuladas em cada mercado. Assim, também teremos os mencionados chassis com motorização Euro III, que ainda está em vigência em alguns países da América Latina”, lembrou.

A estrutura do motor OM 460 é a mesma, nas versões Euro III, V ou VI. O que muda é a arquitetura eletrônica de cada uma e o sistema de pós-tratamento das emissões.

Outro detalhe destacado por França foi a presença da caixa de transmissão automatizada ZF Traxon com 12 marchas, com Over Drive e Direct Drive, e com possibilidade de receber Intarder, sistema de freio auxiliar Retarder. “Por poder operar em rodovias com longas rotas constantes de subida e descida, é possível obter economia de combustível e desempenho, com troca de marchas mais suaves e corretas”, disse.

Nos diversos testes promovidos pela montadora, em muitas e diversificadas rotas, obteve-se, com os chassis, uma economia de combustível que pode chegar a 10%, desde que respeitada a operação segura e eficiente. “A combinação e a otimização das tecnologias do motor e da caixa de transmissão foram fundamentais para se alcançar essa economia. Fizemos a adequação de diversos componentes que resultam nessa vantagem econômica, bem como introduzimos um gerenciamento eletrônico da caixa e do propulsor”, explicou Mauricio Yamamoto.

Em condições de grandes altitudes, há a questão do ar rarefeito, que reduz a potência dos propulsores em torno de 10% a cada mil metros, a partir dos dois mil metros de altura. Na medida em que há uma falta de oxigenação, a parametrização do motor atua, dispondo de potência suficiente para que alcance o seu desempenho.

Imagem – Divulgação

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