O Metrobus, termo utilizado para definir o chassi biarticulado da Volvo, em 1992, marcou a história do transporte urbano brasileiro como o maior ônibus desenvolvido para os serviços nas cidades. Idealizado para ser uma solução do transporte de massa, esse tipo de veículo foi uma ideia criativa brasileira, capaz de proporcionar uma operação para atender as altas demandas de passageiros.

O chassi B58 serviu de base para o veículo, que na época tinha 25 metros de comprimento e capacidade para 252 passageiros. Seu motor era o TDH 101, com 286 cv de potência, tendo ainda transmissão automática da ZF. O modelo foi uma resposta à solicitação da prefeitura curitibana para colocar um veículo de maior porte nas canaletas ou vias exclusivas que davam e ainda conferem maior velocidade no sistema.

O programa de testes do ônibus observou as operações noturnas, sendo executados em regime de esforços extremos para se alcançar o melhor desempenho. Pessoas que passavam por ele se espantavam por suas dimensões.

Curitiba ficou conhecida como a gênese do sistema BRT (Trânsito Rápido de Ônibus) e utilizou muitas unidades desse tipo de veículo. Ainda hoje, pode-se ver, pelas ruas da cidade, alguns exemplares, na ativa, contribuindo com o melhor deslocamento da população local.

Contudo, mesmo que seu conceito favoreça os grandes deslocamentos e o próprio ambiente urbano, o modelo de chassi, que encarroçado, pode atingir 28 metros de comprimento, já não atrai mais os olhares dos planejadores do transporte urbano em virtude do maior custo operacional, num momento em que a carência de novos projetos de BRT pelo Brasil não estimula sua presença em grande volume comercial.

Passados mais de 30 anos desde o seu desenvolvimento, o biarticulado Metrobus deveria ser reconhecido como indutor dos sistemas modernos de transporte coletivo, ressaltando uma importante pegada de carbono quando o assunto é a redução da poluição emitida pelos veículos comerciais.

Imagem – Acervo Volvo Buses LA