Um automático Brasil a fora

O uso da transmissão automática ultrapassa a operação urbana, atingindo os serviços estradeiros

A transmissão automática predomina no mercado de ônibus urbano, enquanto a versão automatizada é aplicada em veículos rodoviários. Contudo, tudo pode fugir à regra. Nesse contexto, o Grupo Guanabara, um dos mais conhecidos do setor interestadual, resolveu adotar, em alguns de seus novos ônibus estradeiros, a tecnologia comumente utilizada no cenário das cidades, inovando o segmento. 

Atualmente, cerca de 250 chassis O-500 RSD 2441 do Grupo estão em operação com esse modelo de transmissão, item opcional disponibilizados nos produtos da montadora Mercedes-Benz para o mercado de ônibus.

O modelo de caixa escolhido é a ZF Ecolife 6, incorporado nos veículos que rodam nas regiões do Rio de Janeiro e Ceará. De acordo com a Mercedes-Benz, seu chassi com a transmissão ZF apresenta o mesmo desempenho dos modelos que são equipados com a caixa automatizada, porém o câmbio automático não possui a embreagem. Já a versão O-500 RSD 2445, tem a nova transmissão automatizada ZF Traxon com 12 marchas, com características para atender rotas das mais variadas extensões.

Ainda, conforme informou a montadora, as relações das marchas são as mesmas do modelo urbano, porém, tem-se uma redução mais longa, neste caso, para atender as maiores velocidades de operação. Já o programa de troca de marchas é adequado para as condições rodoviárias. 

Para a ZF, sua transmissão Ecolife, em conjunto com o seu software exclusivo, trabalha com uma distribuição de marchas de seis velocidades que leva a um regime de torque mais econômico para o motor. Desse modo, a economia de combustível é da ordem de 3 a 6%, dependendo da aplicação, frente às transmissões automáticas disponíveis no mercado, com ganho ambiental relacionado à redução do uso de combustível. E, a troca automática e inteligente de marchas, permite ganhos em conforto e economia na manutenção do componente.  

A tecnologia permite à transmissão se adaptar às características da topografia das rotas feitas pelos ônibus, seja em vias acidentadas, ou no trânsito pesado, que exige melhor desempenho, sendo uma característica técnica muito adequada, pois entrega conforto aos usuários, que não percebem a troca de marchas durante os trajetos.

Imagem – Mercedes-Benz

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