Ele é elencado como o superônibus, proporcionando o melhor custo-benefício e é uma alternativa viável entre os modelos do tipo Padron e articulado. Idealizado para carroçarias com 15 metros de comprimento, estamos falando do chassi 22.260 S, produzido pela fabricante Volkswagen Caminhões e Ônibus. Menos não é adequado e mais o operador não precisa. Assim ele pode ser definido dentre as opções de chassis oferecidas no mercado nacional.
Após sua homologação para a vigência da norma Euro VI, o modelo tem a mesma missão operacional que um chassi articulado, com capacidade para transportar até 115 passageiros, na versão 6×2, com dois eixos dianteiros, numa configuração inusitada, para o PBT de 22 toneladas.
Jorge Carrer, diretor de vendas de ônibus da Volkswagen Caminhões e Ônibus, lembrou que o chassi nasceu pela necessidade de adequação à um mercado que levasse em conta a otimização de custos e da operação, fator essencial no sucesso dos negócios dos transportadores. “O veículo é uma derivação de nosso chassi 17.260, com motor dianteiro, sendo resultado de uma solicitação dos operadores quanto a um modelo mais simples, barato e com maior capacidade de transporte. Há alguns anos, o mercado queria um chassi articulado com motorização dianteira, mas a norma para a sua construção não foi aprovada, por isso optamos em desenvolver um chassi com a configuração 6×2, por uma questão de distribuição de carga”, explicou o executivo.
De acordo com Carrer, as vantagens proporcionadas pelo chassi são várias, como uma economia de combustível em torno de 8%, já comprovado em todos os testes realizados, mais eficiência, conforto, tecnologia e um completo pacote de segurança ativa. “Ele tem as perfeitas condições técnicas para substituir o modelo articulado com um custo operacional reduzido, capaz de atuar em diversas áreas urbanas, seja em rotas tradicionais, como em corredores do tipo BRT”, disse.
Ao se adequar à norma Euro VI, o 22.260 incorpora muita evolução, segundo comentou Carrer, ao destacar o novo cockpit para o motorista, a nova caixa de direção (reduz em até 30% o esforço nas manobras), a eletrônica embarcada e a suspensão pneumática. A transmissão é manual, ZF de seis marchas, contudo, a fabricante está validando essa possibilidade, fato que demanda mais tempo. “Por enquanto queremos reforçar uma versão otimizada para clientes que necessitam de um ônibus ideal para os seus negócios, atendendo a três requisitos que eles tanto buscam – reduzido custo de aquisição, menor consumo de combustível e o valor favorável de revenda”, observou.
O otimismo com as vendas do novo chassi mostra uma perspectiva de expansão de negócios. No Rio de Janeiro, 36 unidades já foram fornecidas para o sistema de BRT local. Em Goiânia (GO), 50 unidades já foram comercializadas para o futuro corredor Norte-Sul da cidade. Belo Horizonte, Joinville, Manaus e Porto Alegre são outros municípios que optaram pelo modelo em seus sistemas de transporte coletivo. “O mercado deste chassi está sendo criado aos poucos. Por motivos de contrato entre a operação e a concessão dos serviços de transporte, a remuneração se torna adequada com o nosso chassi, numa categoria intermediária entre convencional e articulada. Dessa maneira, alguns sistemas urbanos estão readequando à nova alternativa”, disse Carrer. Atualmente, mais de 200 unidades já foram comercializadas no Brasil.
Imagens – Volkswagen CO e Caio
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