Os primeiros seis meses deste ano podem ser celebrados com muita felicidade pela marca Scania em relação a sua participação no mercado brasileiro de ônibus rodoviário. Seu ambiente de negócios se mostrou muito favorável, resultando em um crescimento expressivo de 152% se comparado ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a montadora, havia uma expectativa de aumento das vendas de chassis com motor traseiro para o transporte rodoviário e fretamento entre 10 e 15%, mas o que aconteceu surpreendeu em muito a sua gestão comercial, com uma expansão de 50% no geral. Gustavo Cecchetto, gerente de Vendas de Soluções para Mobilidade da Scania Operações Comerciais Brasil, destacou uma evolução e tanto nos negócios da montadora no setor que adota veículos de última geração. “Em 2023, emplacamos 123 chassis e neste ano, até agora, foram 311 veículos emplacados. Isso representa 152% de crescimento, maior do que o mercado. Em consequência disso é que nós ganhamos market share, pois tínhamos no ano passado uma participação de 20% e agora alcançamos 31%”, observou.
Segundo ele, as operadoras regulares estão investindo na renovação de suas frotas em virtude do aumento das viagens rodoviárias em decorrência aos altos preços das passagens aéreas. “As pessoas estão preferindo viajar de ônibus. Outro fator que movimentou as nossas vendas foi o incremento do setor de fretamento industrial, demandando novos veículos”, disse Cecchetto.
E claro, as soluções tecnológicas e os serviços disponibilizados pela marca, também, contribuíram com a alta dos chassis emplacados. “Nossos clientes podem contar com a eficiência, a rentabilidade, a economia de combustível e toda a tecnologia embarcada para que suas operações possam ser as melhores no setor. A linha Euro VI de nossos chassis tem entregado muita eficiência energética. Além disso, ficar próximo ao cliente favorece uma relação comercial muito positiva”, explicou o gerente da Scania.
A montadora salienta que sua atual geração de motores promove uma economia de combustível de 8%, contudo, em associação ao sistema que se chama Acelerador Inteligente, ou controle de aceleração, essa economia pode ser de 11%. O recurso funciona ligado a uma análise do peso do veículo, da posição do pedal de aceleração e deslocamento do modelo, para evitar acelerações bruscas e desperdício de combustível. Dessa maneira, o ônibus é conduzido de maneira mais confortável e econômica preservando outros componentes do trem de força e os freios.
O Acelerador Inteligente trabalha de forma automática e é desativado quando o motorista pressiona o acelerador até o fundo (posição do Kickdown), entendendo que o condutor precisa de toda a capacidade de aceleração. Ao soltar o pedal, o sistema volta a controlar a aceleração. Numa viagem com alta frequência de alternâncias de velocidade, tráfego intenso e em ônibus não totalmente ocupado, o acelerador inteligente contribui para maior economia de combustível.
Quanto ao volume emplacado nos primeiros seis meses deste ano, o modelo K410 (6×2) lidera a comercialização, num mercado que tem se mostrado diferente quanto a investir em veículos de maior porte, pois há uma migração dos clientes para essa versão em função dos menores custos operacionais e de aquisição se comparados ao modelo 8×2. “A opção por um veículo 6×2 proporciona a redução dos custos operacionais, dos valores pagos em pedágio e de manutenção. Os operadores querem ter uma equação viável, que faça sentido em seus negócios. Claro que a versão 8×2 continua tendo seu espaço, em rotas de longas distâncias e em serviços de turismo. O chassi K410 é robusto e atende aos requisitos de nossos clientes”, afirmou Cecchetto.
Quanto aos componentes de segurança embarcados nos chassis, Gustavo lembrou que entre 20 e 30% do volume negociado sai de fábrica com esses dispositivos. Em se tratando da versão 8×2, 80% dos chassis emplacados contam com o sistema ADAS, sendo que no modelo K500 a tecnologia passou a ser de série há pouco tempo.
Soluções em monitoramento operacional e contratos de manutenção, ainda, se destacam nessa relação entre a empresa e os seus clientes. Cecchetto contou que os serviços conectados são fundamentais para os operadores extraírem o máximo de eficiência dos produtos e que o programa Scania PRO Personal proporciona maior disponibilidade do veículo, permite uma manutenção personalizada, com menores custos, sob a supervisão de um corpo técnico especializado. “Com nossa conectividade, o operador consegue monitorar a operação de seus ônibus, avaliar a condução de seus motoristas e fazer uma gestão aprimorada, tudo em tempo real. Quanto a manutenção, ela é realizada por mecânicos capacitados, com peças genuínas, sempre pensando na disponibilidade dos ônibus”.
A Scania, também, dispõe do FIT (Ferramenta de Inteligência de Frotas na tradução do inglês), sendo que o cliente usa a conectividade para mensurar o potencial de economia dos ônibus, além de avaliar a situação atual de cada um e as ações que devem ser tomadas para melhorar o consumo de combustível. Ele funciona com base nos dados operacionais de milhares de veículos conectados da marca, medindo o desempenho da frota e comparando a dados de operações similares, para avaliar o estilo de condução. São analisados cinco parâmetros: marcha lenta, inércia, condução em trecho de serra, antecipação e freadas bruscas.
Em relação ao segundo semestre de 2024, a marca espera finalizar o ano com um crescimento entre 30 e 40% no volume total nos emplacamentos, com 850 unidades, ante 560 do ano passado. Durante a Lat.Bus, ela estará presente com dois chassis, um rodoviário (K500) e o outro com tração elétrica, para o transporte urbano, novidade recém apresentada.
Imagens – Divulgação
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