Plataforma no site da Semove ressalta a campanha “Quando um ônibus é queimado, quem perde é você” e disponibiliza à população informações sobre o impacto que os ataques causam diariamente a quem precisa se deslocar utilizando o transporte público. De acordo com informações da entidade que representa as empresas de ônibus fluminenses (174), o Estado do Rio teve, em média, um ônibus incendiado de forma criminosa a cada nove dias, entre 2014 e 2024.
Isso tem causado graves impactos à mobilidade da população que depende do transporte público para trabalho, estudos, acesso à saúde ou mesmo lazer. Cada ônibus incendiado interrompe vias públicas, paralisa atividades econômicas no entorno e põe em risco a segurança de passageiros, rodoviários e moradores das regiões onde os ataques ocorrem, principalmente em municípios da Região Metropolitana. Ao todo, 25 cidades já registraram casos em todo o Estado.
A plataforma Ônibus em chamas, que reúne dados sobre os veículos incendiados em atos de vandalismo desde 2014, é uma ferramenta onde é possível consultar cada caso registrado no Estado, tendo acesso a informações como data, local e quantidade de ataques; a empresa responsável pela operação da linha e os custos para reposição dos coletivos destruídos. Como um ônibus novo custa, em média, R$ 850 mil, a perda nos últimos dez anos chega a R$ 365 milhões. “São recursos que poderiam estar sendo investidos na melhoria da mobilidade urbana, em busca da qualidade que o passageiro tanto deseja. A segurança, não só nos ônibus, como também nos acessos e no ponto de espera, é um fator que influencia o comportamento do usuário e pode afastá-lo do transporte público. Compartilhar essas informações numa ferramenta pública é uma contribuição importante que o setor de ônibus pode dar às autoridades responsáveis e a toda sociedade em prol de um transporte cada vez melhor, mais seguro e eficiente”, ressaltou Richele Cabral, diretora de Mobilidade da Semove.
Imagem – Divulgação
0 comentários