A ANFAVEA, entidade que representa as fabricantes nacionais de veículos automotores, apresentou à imprensa seus principais focos de atuação para 2025, ressaltando a ampliação do mercado interno e a produção, a promoção da descarbonização com foco na matriz energética e nos recursos brasileiros, a criação de uma política perene de renovação da frota com foco na sustentabilidade e na segurança, dentre outros tópicos. Além disso, ela apresentou os números de produção e emplacamento relacionados ao ano de 2024.
No segmento de ônibus, as expectativas foram superadas em emplacamentos. Foram 22.435 chassis, 9,8% maior que o ano anterior. A Mercedes-Benz mantém sua liderança, com 9.277 unidades. Já a Volkswagen continua na segunda posição, com 5.856 chassis, um crescimento de 30,4%. Logo a seguir, vem a Agrale, com 3.512 chassis, Iveco Bus com 2.116 unidades, Scania e seus 887 chassis, além da Volvo, com 709 unidades.
Eduardo Freitas, vice-presidente da ANFAVEA, ressaltou que o ano passado foi o melhor desde 2014, puxado pela renovação da frota dos ônibus urbanos (em função das eleições municipais de 2024) e pelo represamento, ainda oriundo da pandemia passada, em outros segmentos do modal. “Tivemos um crescimento expressivo no setor de fretamento, de 80%. Já o urbano, teve uma expansão de 11%, enquanto os rodoviários aumentaram em torno de 15%. O transporte escolar deveria ter puxado os emplacamentos, mas, somente, cerca de 2.500 ônibus, dos 7.000 colocados pelo Governo Federal, foram comercializados”, comentou.
Sobre 2025, Freitas crê que o programa Caminho da Escola deverá elevar os emplacamentos, além de outros segmentos, num retrato muito próximo do ano passado.
Sobre a descarbonização do transporte coletivo, o executivo citou que as tecnologias estão em processo de introdução no País, sempre respeitando a questão relacionada com as infraestruturas e a realidade econômica de cada região brasileira. “Temos, ainda, muitos desafios, contudo, nossa expectativa é de uma tendência de pesquisa e investimentos em propulsões limpas, seja pelo programa Combustível do Futuro, ou pela potencialidade que o Brasil oferece em alternativas que promoverão a descarbonização do segmento”, disse Freitas.
Imagem – Revista AutoBus
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