O biometano é a purificação do biogás, oriundo de aterros sanitários, da transformação dos dejetos animais e do lodo das estações de tratamento de esgoto, bem como da vinhaça da cana-de-açúcar. Portanto, é um combustível de extrema importância, com um rico potencial de sustentabilidade ambiental. O Brasil sabe muito bem disso, tem condições de produzir um volume expressivo desse biocombustível e inseri-lo em sua matriz energética, principalmente a dos transportes.
Porém, vamos falar da Espanha. Na cidade de Zaragoza, a primeira linha regular de ônibus movidos com essa energia entrou em operação recentemente, com dois veículos fornecidos pela montadora Scania, operados pela Alsa no Consórcio Zaragoza. “Este fornecimento é o resultado do teste de biometano de um projeto piloto anterior que circulou mais de 8.000 km movidos pelo combustível produzido a partir de dejetos de suínos”, disse Ignacio Cortezón, diretor comercial de Ônibus e Motores da Scania Iberica.
Os novos ônibus contam com carroçarias Castrosua, modelo NewCitcy, que incluem duas portas elétricas, piso baixo, câmeras, portas USB, iluminação LED e piso que imita a madeira.
De acordo com a Scania, seu chassi possui o renomado trem de força movido por gás natural/biometano, com 280 cv de potência, contando ainda com tanques de combustível de 1.440 litros que permitem autonomia que ultrapassa os 500 km, além de vários sistemas de segurança e economia de energia. Já circulam na Espanha mais de 1.000 unidades de ônibus da marca com motorização a gás.
Para a montadora, o uso do biometano em áreas urbanas representa a maior redução possível de CO2, sempre acima de 80%, e implica na transformação de resíduos agrícolas e urbanos, evitando-se que milhares de toneladas de metano sejam emitidas na atmosfera. Também cabe destacar que o biocombustível contribui na criação de uma economia circular, com desperdício zero, e na geração de empregos no meio rural.
Imagem – Scania Ibérica
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