Negócios guiados pelos likes (curtidas)

É preciso haver uma equidade nas ações de marketing dentre os reconhecidos que prestam um trabalho legítimo e informativo no sentido de propagar, com distinção, seus produtos, serviços e experiência

Há um fenômeno presente no setor das mídias digitais que tem alavancado a forma de relacionamento entre público e formadores de conteúdo. Trata-se da busca constante pela visualização e pelo reconhecimento por algo exposto na mais famosa rede de informação (a internet) e que a cada dia se transforma para alcançar o posto de mais importante frente aos outros tradicionais meios de comunicação.

Não há como negar que a internet é um fator decisivo quando alguém quer se comunicar. Todos estão conectados de alguma foram, seja ele no seu smartphone, tablet ou computador. Por isso, a valorização ao modelo virtual de convivência e transmissão de mensagens só aumenta com o passar do tempo. Como dizem os especialistas – quem não está na rede mundial, está fora do contexto.

É visível que jornais e revistas têm procurado acompanhar essa evolução disponibilizando seus conteúdos em diversas plataformas que procuram atender aos mais variados públicos e leitores. Como é fácil a pessoa buscar uma notícia com um clique na palma da mão, não é mesmo? E fazer uma leitura dinâmica, então? Ah, é o mais interessante, pois nos inteiramos rapidamente do que acontece pelo mundo.

A internet da informação nos dias de hoje é sinônimo de rapidez, mas que deve trazer em seu bojo o conteúdo breve, que satisfaça o leitor num passar de olhos. Se for possível ter um vídeo sobre o que está sendo exposto, melhor ainda.

Contudo, isso não representa o interesse de determinados canais que objetivam oferecer uma exposição mais detalhada e específica em um mercado segmentado, sempre com a preocupação de proporcionar ações e manifestações de qualidade sobre aquilo que deseja descrever. Nós, do jornalismo segmentado (ônibus e caminhão), nos orientamos em obter boas informações e visamos a promoção da boa leitura, com aspecto agradável, definidor e informativo.

Também nos utilizamos da internet para fomentar nosso trabalho. O que seria de nós se não embarcássemos nessa nave virtual? Estaríamos relegados ao esquecimento. Porém, para isso acontecer, nossos esforços de investimento que visam qualificar o conhecimento dependem, fundamentalmente, da sustentabilidade financeira em nossos negócios.

Não podemos e nem queremos ter apenas likes como modelo de sobrevivência. Nosso intento é fornecer informação de qualidade e com profundidade. Para isso, nosso trabalho envolve averiguação, ética, postura integra, análise criteriosa e a abordagem de pontos de vistas diferentes, levando ao leitor um posicionamento transparente, objetivo e claro. O bom jornalismo não compra likes e muito menos, seguidores.

Por muitos anos, a indústria da qual estamos envolvidos vem nos apoiando, seja por meio do compartilhamento de informações, notícias e novidades. Também somos gratos por receber o suporte em forma de publicidade, modalidade que há tempos está presente no segmento (anúncios impressos, banners e conteúdo pago) e que garante a manutenção da relação comunicativa.

Mas, nos últimos tempos, percebe-se que há uma mudança de cultura sobre o marketing pretendido pelas empresas envolvidas com o nosso setor. Observamos que a competitividade ultrapassou a barreira da imprensa segmentada para outros modelos de comunicação compostos pela mídia expressa ou espontânea, como muitos preferem. Investe-se, com maiores volumes, em agentes que trazem visualização rápida e os jóinhas sob a forma da simplicidade da divulgação como mero efeito de conquistar a atenção dos leitores virtuais.

Nada contra esse tipo de comunicação. Tem sido a tendência que pode ou não influenciar o futuro da imprensa. Tudo depende do que o público procura para satisfazer sua ambição pela informação ou por ampliar seu conhecimento no setor de transporte. Leitura dinâmica ou atenciosa com a minuciosidade dos detalhes?

É preciso haver uma equidade nas ações de marketing dentre os reconhecidos que prestam um trabalho legítimo e informativo no sentido de propagar, com distinção, seus produtos, serviços e experiência. Só assim a imprensa segmentada conseguirá sobreviver e dar continuidade ao seu papel do jornalismo com conteúdo especializado.

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