Pensando no futuro e no transporte livre de carbono, o grupo mineiro CSC de transporte e logística, com atuação em diversas cidades e clientes, ressalta a importância do investimento em novas tecnologias que promovam estabelecer um ambiente mais limpo e ao mesmo tempo um modelo eficiente no deslocamento das pessoas. Dessa maneira, o grupo tem considerado a eletromobilidade o aspecto que definirá o conceito junto aos sistemas, sejam eles urbanos ou na modalidade empresarial.
E o ônibus com tração elétrica já começa a fazer parte da frota do grupo, sendo que o primeiro está em operação na Serra Verde, uma das operadoras que fazem parte da CSC. Trata-se de um modelo urbano, mas com características internas de fretamento (com poltronas rodoviárias que inclinam), além de ter sistema de ar-condicionado e 13 metros de comprimento. No tocante a tração, conta com chassi 100% elétrico da BYD, com carroçaria Caio. No momento, está em operação na cidade fluminense de Itaguaí, atendendo a cliente e mineradora Vale.
Para Roberto Santana, diretor do Grupo CSC, o ônibus tem cumprido com a sua função há pouco mais de seis meses em operação, em condições que não exigem tanto do veículo, por se tratar de piso pavimentado, topografia plana e baixa quilometragem. “Ele tem apresentado um bom desempenho, porém, queremos avaliá-lo, numa próxima fase, em condições mais críticas, com topografia irregular, vias sem pavimentos, para assim podermos ter uma impressão com mais detalhes a respeito”, disse Santana.
O grupo também recebeu, recentemente, um novo ônibus elétrico, do modelo rodoviário para novos testes. A Viação Itapetinga irá operá-lo na cidade mineira de Três Marias, no cliente Nexa, também mineradora. É um veículo que tem chassi 100% elétrico da BYD e carroçaria Invictus da Comil. Fará o serviço de fretamento dos funcionários da mineradora.
Para Santana, o mundo tem que apostar no conceito do transporte elétrico e nas alternativas em termos de biocombustíveis e energias renováveis para alcançar um modelo totalmente limpo de mobilidade. Contudo, no caso do Brasil e se tratando de ônibus elétrico, a tecnologia ainda tem um custo muito alto de aquisição, o que torna impeditivo o constante investimento nessa forma de veículo. “A tecnologia da tração elétrica é muito nova e seu preço precisa baixar para que haja maior interesse nela. A chegada de novos fabricantes de ônibus com esse tipo de tração no Brasil criará uma oportunidade para que os custos sejam reduzidos”, destacou o executivo.
De fato, os preços dos ônibus elétricos não são lá ponto favoráveis – o investimento nesses dois veículos ultrapassou a cifra de R$ 5,5 milhões. Por ter em sua estratégia comercial a adoção de uma imagem de sustentabilidade, a aplicação desses recursos foi oriunda da dobradinha operação e corporativo do Grupo CSC.
No programa de testes e apresentação da inovação tecnológica, 10 clientes já foram selecionados e estão acordados para receberem os ônibus elétricos sob a insígnia CSC.
E os planos para o futuro? São muitos, de acordo com Santana. Com a chegada de novos players no mercado, o grupo quer avaliar todas as tecnologias que possam estar disponíveis. “A Mercedes-Benz já apresentou o seu conceito e como temos uma longa parceria com a montadora, queremos operar com a sua tecnologia dentro de breve”, adiantou o executivo. E, até 2025, o conglomerado que se sobressair perante o segmento do transporte coletivo ao investir num modelo 100% elétrico em uma de suas operações, escolhendo para isso uma grande e importante cidade que irá ter um serviço feito com uma frota totalmente elétrica. Não podendo revelar mais detalhes, Santana informou que a estratégia de sustentabilidade ambiental irá avaliar, minuciosamente, todas as tecnologias e marcas que venham surgir no mercado brasileiro.
Imagens – Grupo CSC
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