Com meta para salvar cerca de 86 mil vidas até o ano de 2028, o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), criado em 2018, com o objetivo de reduzir mortes e lesões no trânsito, está alinhado com a Nova Década de Segurança no Trânsito da Organização das Nações Unidas (ONU), promovendo para isso ações em parceria com as entidades do setor de transportes, como a ABRATI (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros), e representantes da sociedade civil.
O documento passou por uma revisão em 2021, tendo uma contribuição de mais de 100 especialistas, 50 órgãos e entidades, como as empresas de transporte rodoviário regular, representadas pela ABRATI. As operadoras Brisa, UTIL, Real Expresso, Expresso Guanabara e Normandy, do Grupo Guanabara, estão entre as empresas que ajudaram a formular 154 ações para o plano.
Em linhas gerais, cada transportadora se mobilizou para atingir os objetivos, como por exemplo, a Brisa, que implementou o programa de medicina do sono para seus condutores. É uma iniciativa que trata os distúrbios do sono e identifica o fototipo do motorista, ou seja, qual o melhor momento de alerta de seu organismo. Isso é considerado na formulação de sua escala de trabalho e as boas práticas em segurança elencadas na certificação ISO 9001 que as empresas possuem desde 2015. Além disso, toda a sua frota está em processo de renovação no eixo Rio de Janeiro – Juiz de Fora (MG), com um investimento de R$ 5 milhões. Quatro veículos já em circulação trazem motorização Volvo e carroçarias Comil, com modelos Double Deckers com configurações internas que adotam poltronas executivas e semileito, tendo ainda conexão de internet via Wi-Fi e carregadores para celular.
Já a UTIL e a Real Expresso investiram em novos ônibus com cabine cama para as linhas Rio x Belo Horizonte e São Paulo X Brasília. Eles são equipados com câmeras de bordo e telemetria, itens de segurança que há alguns anos já estão presentes nas frotas de empresas regulares. O Grupo Guanabara prevê 130 novos veículos ainda este ano com aporte de cerca de R$ 170 milhões.
Além do quesito segurança veicular, os pilares do Pnatrans englobam a gestão da segurança no trânsito, vias seguras, educação para o trânsito, atendimento às vítimas e normatização e fiscalização para um sistema seguro de mobilidade. As metas podem ser revisadas pelo CONTRAN a cada ano, a partir da obtenção dos dados estatísticos sobre mortalidade no trânsito coletados, tratados e consolidados pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito.
Imagem – Divulgação
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