Na capital inglesa, um Double Decker Agrale

Para um dos sistemas de transporte coletivo mais conhecidos mundo, um novo ônibus 100% elétrico, e produzido por uma marca bem conhecida por nós, brasileiros

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A montadora gaúcha Agrale está a passos largos rumo a eletrificação dos ônibus urbanos. Por intermédio de sua unidade argentina, a marca, de origem brasileira, tem focado seus esforços no desenvolvimento de chassis com tração limpa, vide exemplos com modelos movidos a gás natural e agora pela eletricidade.

Há pouco tempo, a empresa fez a pré-apresentação de seu chassi com tração elétrica (100% a baterias) MT 17.0 LEe, desenhado e construído por ela na Argentina, em parceria com a empresa inglesa Equipmake (responsável pela produção de todo o sistema de tração do veículo).

E agora, além das fronteiras da América do Sul, a montadora desembarca na Inglaterra, mais precisamente em Londres, fornecendo seu novo modelo com propulsão totalmente limpa (localmente) para ser encarroçado pela firma espanhola Beulas.

O novo ônibus, com dois pavimentos e de nome Jewel E (ou joia elétrica), típico para o sistema londrino, terá piso baixo e autonomia de 430 quilômetros, devendo entrar em operação entre janeiro e fevereiro de 2023.

A Equipmake também é a responsável por eletrificar a moderna versão do lendário modelo de ônibus com dois pavimentos Routemaster londrino. Ele possui uma bateria de 400 kWh, permitindo uma autonomia de 240 quilômetros, índice eficiente para uma operação diária. Com isso, a empresa de tecnologia de tração elétrica informa que pode aplicar seu conceito em qualquer ônibus com tração híbrida ou movido a diesel, atualizando-o rapidamente com um sistema equipado com transmissão e bateria de última geração.

Seu propulsor elétrico HTM 3500 permite um torque de 3.500 Nm, com 400 kW de potência máxima. Ian Foley, CEO da Equipmake, disse que o retrofit é uma tecnologia de transição vital e econômica que pode preencher a lacuna entre diesel e uma nova frota de ônibus elétricos. “Londres está liderando o caminho na adoção de tecnologias verdes para grandes veículos comerciais e, como a TfL (Transport for London) continua a avaliar uma série de tecnologias limpas, estamos confiantes de que nossos sistemas de repotenciamento podem desempenhar um papel rápido na aceleração de qualquer estratégia para o veículo de emissão zero”, observou.

Imagem – Reprodução e Equipmake

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