Por Ricardo Portolan, diretor de Operações Comerciais Mercado Interno e Marketing da Marcopolo
No ano de 2022, registramos a maior alta de preços das passagens de avião no país. De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a tarifa média no ano passado foi de R$ 644,50. Diante desse cenário, os ônibus rodoviários voltaram a ser alternativa para as pessoas e isso é reforçado pelo levantamento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que registrou a comercialização de 52 milhões de passagens no último ano. Em 2019, antes da pandemia, o volume correspondia a menos da metade: 25 milhões.
Esse comportamento é justificado não somente pelos preços mais atrativos, mas também porque os sistemas de transporte terrestre para viagens interestaduais evoluíram. As fabricantes de veículos se adaptaram ao mercado para oferecer comodidade e segurança, focados na melhor experiência dos passageiros.
Podemos dizer que os ônibus estão mais modernos e contam com diferenciais como poltronas com sistema massageador, que pode ser utilizado durante a viagem. Um exemplo disso é a Geração 8, da Marcopolo, com poltronas leito e semileito de estrutura mais ergonômica, espaço otimizado para as pernas e reclinação que permite inúmeras posições – de acordo com o biotipo do usuário. Os veículos ainda contam com sistema de áudio e vídeo para o entretenimento a bordo.
Também não podemos deixar de destacar a preocupação com os motoristas. Os novos veículos têm cabines mais confortáveis e proporcionam uma visão mais ampla, inclusive com câmeras que substituem os espelhos e equipamentos de controle de fadiga.
Outro detalhe importante é a preocupação com a sustentabilidade no desenvolvimento desses novos ônibus. Entre os exemplos, temos a priorização de materiais especiais, como alumínio para a produção do teto, o que garante redução de peso, maior durabilidade e resistência. Além da utilização de matérias-primas de polímeros especiais para a fabricação de para-choques, grade dianteira e tampa traseira, com maior flexibilidade e absorção de impactos, e que podem ser reciclados e reparados nas garagens. Detalhes como esses, aliados às mudanças no coeficiente aerodinâmico, resultam também na economia de combustível.
Isso nos mostra que o segmento de transportes está fortalecido e passa por uma grande transformação. Cada vez mais, os ônibus serão escolhidos para os deslocamentos, sejam eles interestaduais ou urbanos. Neste momento, o papel da indústria é investir no aprimoramento constante dos veículos, pensando não somente na excelência para os passageiros, mas também para operadores e motoristas.
Imagem – Divulgação
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