A Be8 irá investir R$ 80 milhões em um novo biocombustível que promete revolucionar o mercado. O volume envolvido considera a pesquisa, desenvolvimento e a ampliação de uma linha de produção na unidade existente em Passo Fundo (RS) com capacidade de 150 milhões de litros/ano.
Trata-se do Be8 BeVant (metil éster bidestilado), resultado de um processo que, segundo a produtora, gera ganhos de qualidade e de desempenho, pois o produto pode ser utilizado em sua forma integral ou misturado ao óleo diesel, antecipando vários dos benefícios do diesel verde – HVO (sigla em inglês para Hydrotreated Vegetable Oil). De acordo com a empresa, a previsão de início da produção é de 12 meses. O setor do transporte coletivo passará a contar com mais essa opção visando a sua descarbonização.
Para Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8, essa grande inovação é fruto da experiência conquistada em mais de 18 anos de atuação. “Com nossos investimentos na Europa (onde a empresa opera uma fábrica de biodiesel na Suíça) e os conhecimentos adquiridos nos Estados Unidose na fase de estudos do projeto de biocombustíveis avançados, alcançamos uma solução imediata, que não depende de investimento em infraestrutura ou troca de motor comparado com outras rotas tecnológicas como hidrogênio, biometano e veículo elétrico”, ressaltou o executivo.
A Be8 explicou que, com maior teor de éster, esse novo combustível reduz até 50% as emissões de CO (monóxido de carbono) e até 85% a emissão de materiais particulados, além do que, a sua qualidade é comprovada com maior lubricidade considerando ULSD (Ultra Low Sulfur Diesel) máximo de 2 ppm, o teor de monoglicerídio é abaixo de 0,25%, a contaminação total residual fica abaixo de 2 ppm e apresenta 35% menos teor de água.
Battistella disse também que o produto chega no mercado justamente quando muitas empresas buscam meios para atender os compromissos de Sustentabilidade/ESG para reduzir ou zerar a emissão de gases do efeito estufa. “Os biocombustíveis são o caminho mais efetivo para a descarbonização da frota circulante no Brasil hoje, considerando que, segundo a ANFAVEA, 99,55% dos caminhões com três anos são movidos a diesel, e não chega a 1.500 as unidades movidas a eletricidade ou a gás”, observou.
Imagens – Reprodução e divulgação
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