A fabricante gaúcha de ônibus Marcopolo divulgou seus números financeiros relacionados com terceiro trimestre deste ano. Sua receita líquida consolidada foi de R$ 1,6 bilhão, crescimento de 6,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Desse total, R$ 984,2 milhões são provenientes do mercado interno, R$ 180,1 milhões das exportações a partir do Brasil e R$ 450,4 milhões de operações internacionais da companhia.
Há dois detalhes a serem observados sobre a puxada para cima nesses resultados – o segmento de carroçarias rodoviárias, especialmente com o crescimento das vendas do modelo G8 (com alto valor agregado) e o dos urbanos, setor que ao longo dos últimos nove anos promoveu uma baixa renovação em suas frotas, voltando a investir em novos veículos para atender a retomada dos passageiros para o transporte público.
Em termos de lucro bruto, o volume alcançou R$ 371,5 milhões, o que significa um crescimento de 60% na comparação com o terceiro trimestre de 2022. Já o lucro líquido foi de R$ 161,7 milhões, crescimento de 246,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O EBITDA totalizou R$ 208,6 milhões, com margem de 12,9%, contra R$ 90,5 milhões e margem de 6,0% no 3T22.
Mas, a produção total da companhia foi de 3 mil unidades, 26,5% inferior ao período de 2022, número que é justificado pela ausência de volumes significativos direcionados ao programa Caminho da Escola e pelos efeitos da transição da motorização Euro V para a tecnologia Euro VI.
Quanto as suas operações internacionais, elas confirmam a tendência de recuperação da rentabilidade, iniciada no 2T23, sendo que a receita operacional líquida no exterior foi de R$ 450,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 47% na comparação com o mesmo período de 2022. “Tivemos um crescimento nas vendas de modelos com maior valor agregado, com veículos com mais opções de conforto e tecnologia, com destaque para a linha de rodoviários, além de urbanos pesados, com modelos articulados”, disse José Antonio Valiati, diretor de Relações com Investidores.
Imagem – Revista AutoBus
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