A revista AutoBus conversou, novamente, com Alexandre Pinto, diretor da Shift Mobilidade, sobre o mercado em 2024 e seus planos para este ano.
Revista AutoBus – De um modo geral, como foi o segmento de fretamento em que vocês atuam?
Alexandre Pinto – 2024 foi recheado de novas contas e desafios. Conquistamos mais de 200 novas linhas diárias de fretamento, aumentamos nosso quadro, sistemas e mudamos para uma nova sede com 9.000 m² e toda a infraestrutura de oficina.
AutoBus – E como foi o ano de 2024 para Shift?
Alexandre – Foi um ano excelente, tivemos um crescimento na casa de 40% em relação à 2023, sendo que aumentamos de 5% para 40% o share do segmento de fretamento contínuo.
AutoBus – Em termos de inovações, investimentos e serviços, o que você pode dizer sobre o ano passado e o que pode adiantar a respeito de 2025?
Alexandre – No ano passado adquirimos 33 ônibus, 7 micros e 20 vans, investimos em pessoal, sistemas, em nova infraestrutura com sala de treinamento, oficina, funilaria e pintura, lava rápido, eletro posto para ônibus, posto de diesel e almoxarifado, além de aumentar significativamente o espaço do prédio administrativo, refeitório e vestiários. Já em relação à 2025, seis novos ônibus foram adquiridos, duas vans e cinco ônibus elétricos que chegaram na semana passada. A ideia é continuar investindo durante este ano na medida que os contratos chegarem. Estamos com uma meta definida de crescimento orgânico na casa de 53%, considerando os novos contratos que ganhamos e um crescimento estimado na casa de mais 15% com novos contratos.
AutoBus – A eletromobilidade está na pauta da operadora. Como você vê essa questão, no que está investindo e o que trará de novidade para este ano?
Alexandre – Sim, estamos com foco no atendimento de contratos com vans, micros e ônibus elétricos. Alguns modelos já estão sendo testados em clientes pensando numa futura migração dos modelos a combustão. Além disso, continuamos neutralizando todo o CO2 emitido, com meta de neutralizar mais de 80 toneladas só este ano.

Novos ônibus elétricos chegam para tornar a frota da Shift em exemplo de sustentabilidade
AutoBus – Em sua carteira de clientes, os mesmos pedem que o transporte corporativo seja feito por ônibus elétricos? Quantos são os que se atentam para a sustentabilidade ambiental? Quem são?
Alexandre – Não há uma cultura de mercado ainda no sentido da migração para veículos elétricos, isso por conta do alto investimento. Mas clientes que hoje já operam com a Shift com ônibus elétricos tem o interesse de aumentar suas operações. Além disso, estamos nos esforçando para criar uma cultura junto à novos clientes, fazendo testes, mostrando o quão importante é se posicionar quanto ESG nos dias de hoje, e ajudando a buscar benefícios que façam valer o investimento nesse segmento.
AutoBus – A empresa, também, está aberta para outras modalidades de propulsão limpa a serem aplicadas em sua frota de ônibus? Como entende essa questão junto à sua estratégia da sustentabilidade ambiental?
Alexandre – Miramos 100% nos elétricos, criando uma estrutura para isso. E, considerando que atuamos 100% no mercado corporativo, sem subsídios municipais, não entendemos que outras fontes ou modalidades de propulsão limpas se encaixem no nosso negócio, pelo menos não nesse momento.
Imagens – Divulgação
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