A indignação dos operadores ante o roubo de módulos eletrônicos

A Transfretur e a Assofresp realizaram manifestação que reuniu cerca de 90 veículos com o objetivo de chamar atenção para o problema de segurança pública que tem preocupado o setor de fretamento

Há poucos dias, duas entidades que representam o transporte fretado em São Paulo, o Transfretur (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento e para Turismo do Estado de São Paulo) e a Assofresp (Associação das Micros, Pequenas e Médias Empresas de Fretamento e Turismo do Estado de São Paulo), promoveram uma manifestação pacífica em São Paulo, reunindo cerca de 90 veículos que se deslocaram em direção à Secretaria de Segurança Pública e ao Palácio do Governo.

O objetivo foi chamar a atenção para os casos de furtos de módulos e painéis dos veículos de fretamento, assim como de vans, que têm se intensificado em todo o País. De acordo com o Transfretur, em média, estes furtos geram prejuízos de R$ 10 mil a R$ 30 mil, por unidade – o que tem incentivado, também, o aumento do comércio ilegal dos mesmos.

Segundo Jorge Miguel, presidente executivo do Transfretur, houve tentativas de diálogo visando a resolução dessa questão que envolve segurança pública, mas até o momento nenhuma proposta foi apresentada. “Em cerca de 300 boletins de ocorrência aos quais tivemos acesso, registrados nas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, os prejuízos ultrapassam R$ 10 milhões entre veículos, equipamentos e manutenção dos veículos envolvidos”, ressaltou.

Mobilização que chama a atenção do poder público para o problema da insegurança

Para a entidade que representa as transportadoras, os módulos são de difícil reposição e o veículo não consegue operar sem eles, uma vez que são componentes essenciais para o seu funcionamento. “Portanto, ao serem furtados, causam muitos danos, tais como: veículos inoperantes, alto custo de manutenção para que o ônibus possa voltar a circular, cancelamento de viagens e, consequentemente, mais carros de passeio nas ruas para suprir o deslocamento que seria feito pelo veículo – e quanto mais carros circulando, maior o trânsito e os impactos para a mobilidade urbana”, explicou Miguel.

Imagens – Divulgação

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