Motoristas alinhados com as boas práticas

Profissionais do volante passam por desenvolvimento de habilidades de acolhimento, empatia e fraternidade diariamente. Pauta é destaque no mês em que se comemora o dia do motorista

Além da técnica e do conhecimento de direção, os motoristas do sistema de BRT da cidade paulista de Sorocaba, responsáveis pela condução de mais de 80 mil passageiros em dias úteis, deve ter uma postura consciente perante as suas funções no cotidiano do transporte.

Desta maneira, para estar apto a função é necessário que o profissional tenha carteira de habilitação na categoria D ou E, e passe por treinamentos de direção defensiva e preventiva, legislação, ⁠mecânica básica, telemetria teórica e prática, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (⁠LGPD) e Compliance – Lei Anticorrupção e Código de Ética e Conduta.

Além disso, um motorista BRT é convidado a desenvolver habilidades de acolhimento, empatia e fraternidade diariamente. Segundo a direção do sistema sorocabano, ele conduz pessoas, histórias, sonhos e destinos. Algo único! Bárbara Rodrigues, gestora de Recursos Humanos, disse que os motoristas são estimulados a aplicar a mobilidade humana na prática, ou seja, a pessoa é o centro do cuidado e dos serviços, garantindo uma experiência de qualidade desde o momento do embarque até o final do trajeto. “Nossas equipes embarcadas ou em solo estão sempre preparadas para escutar e apoiar a todos sempre com atenção e gentileza. Isso faz toda diferença e também ajuda a ter um ambiente sempre leve e mais acolhedor. Convidamos o profissional a ter uma dose extra de humanidade e seguimos preservando vidas”, destacou.

E, conforme informou o sistema de BRT, são 118 veículos circulando em 24 linhas e a cada passageiro que embarca traz uma história com alegrias, dores e muitos destinos. Dessa maneira, não dá para saber o que acontece com as mentes e os corações das pessoas no ônibus, mas dentro do transporte os objetivos se encontram. A direção do BRT enfatiza que todos desejam chegar ao seu destino e, é aí que entra o papel tão importante do motorista. Por isso, ele é direcionado a desenvolver o seu trabalho com calma, empatia e carregar a compaixão para o dia-a-dia do transporte.

Joelma Silva, com 49 anos e motorista há 11 anos, ressaltou que, antes de ser motorista, ela foi cozinheira e tinha um salário muito baixo. “Com quatro filhos para sustentar, eu precisava aumentar os meus ganhos. Meu ex-marido era motorista, eu andava de ônibus todos os dias e foi aí que pensei, porque não ser motorista? Imaginei que o salário seria melhor para que eu pudesse cuidar dos meus filhos e fui em busca desse objetivo. Sendo motorista me sinto feliz e realizada, porque foi a partir dessa profissão que pude realizar muitas coisas. Tudo aquilo que lutei está valendo a pena. Um dia fui surpreendida com o comentário de uma criança de uns 6 anos que me disse: “motorista quando eu crescer, quero ser igual a você”. Ouvir essas palavras me deixou muito orgulhosa e feliz por saber que de alguma maneira meu trabalho também é inspiração”, explicou.

Já Aline Garcia, 36 anos e motorista há mais de 10 anos, traz uma história que vai além da necessidade pelo emprego. Formada em química, ela sempre teve a paixão pelo transporte e por isso apostou na profissão. “Amo dirigir e me sinto completa profissionalmente, para mim é um orgulho.  Minha história no transporte começou com o exemplo dos meus pais. Eles trabalhavam com vans e eu os ajudava e também acompanhava em alguns trajetos. Nesta época, comecei a ter gosto por este universo. Já adulta, passei por algumas empresas e chegar ao BRT foi a realização de um sonho. Sou dedicada e mantenho o foco a cada viagem. Sempre encontramos o inusitado, mas com atenção, técnica e compromisso tudo dá certo. Uma das maiores lições que o transporte me ensinou foi ser mais humana e empática com o próximo. A convivência com os passageiros me mostrou a valorizar os detalhes da vida e como podemos fazer o dia do outro ser um pouco melhor. Viver a mobilidade urbana é gerar facilidade para as pessoas que se deslocam na cidade”, afirmou.

Imagens – Divulgação

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