Por Mário Albuquerque, administrador de Empresas e economista com pós-graduação em Engenharia Econômica e Mestrado em Transporte
O celular, esse objeto criado para aproximar quem está longe, tem nos afastado de quem está perto. Estamos nos tornando dependentes, bitolados no que ouvimos e vemos, e até mesmo embrutecidos. Nas refeições, ele separa famílias. E, quando levamos esse hábito para o trânsito, chegamos ao ponto mais crítico: as tragédias automobilísticas.
É aqui que queremos pedir uma REFLEXÃO.
Está comprovado, estatisticamente, que a grande maioria dos acidentes de trânsito ocorre por falha humana. E qual é o impacto do uso do celular ao volante? O risco de acidente aumenta mais de 300% apenas pela distração. O motorista perde percepção, reflexo e atenção, efeitos comparáveis aos de quem dirige alcoolizado.
E não paramos apenas na infração gravíssima, com 7 pontos na CNH e uma multa que poderia ser o valor de um bom almoço de domingo (cerca de R$ 290). As consequências vão muito além:
Custos altos;
Vítimas;
E o lado emocional devastador de sentir-se culpado por negligência. O uso do celular ao volante reduz o tempo de reação quase a zero. A atenção some. Há perda de percepção, lentidão repentina, frenagens bruscas e desvio involuntário da faixa de rodagem. E vale lembrar: se for comprovado que o acidente ocorreu por distração com celular, muitas seguradoras se recusam a pagar o sinistro.
No Brasil, os dados são alarmantes:
Um em cada três acidentes envolve o uso do celular ao volante.
Por isso, reforçamos: Seja consciente. Não use o celular ao dirigir.
Não atenda, não leia, não responda mensagens. A visão se limita ao celular e as consequências recaem sobre você e sobre terceiros — pessoas que muitas vezes não têm nada a ver com a sua escolha de se distrair ao volante.
Quer usar o celular? Encoste o veículo em um local seguro. Sua vida e a do próximo vale mais que qualquer notificação.
E para lembrar, seguem frases de campanhas que não deveriam ser esquecidas:
No trânsito, a vida pede atenção. Celular no bolso ou na bolsa. Nas mãos, somente o volante.
Uma mensagem pode esperar. A vida, não.
Entre atender o celular e voltar para casa, escolha voltar para casa.
Esperamos que essa reflexão faça diferença.
Vamos juntos com as mãos, somente, no volante.












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