Os custos de um ônibus movido a hidrogênio

Segundo o portal ColombiaBus, para que o hidrogênio seja viável, os fabricantes terão que reduzir drasticamente os preços ou então será difícil continuar incorporando essa tecnologia em um futuro próximo

Os Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados neste ano, teve na sustentabilidade o seu principal mote para mostrar o que necessitamos reduzir a pegada de carbono em nossos ecossistemas. Durante a competição, a chama olímpica foi mantida acesa com a queima de hidrogênio, as medalhas foram feitas com metais de aparelhos eletrônicos reciclados, a vila olímpica funcionou com energia renovável e a rede de transporte da capital japonesa operou 100 ônibus Toyota Sora, movidos com a tecnologia das células a combustível. A Olimpíada também foi um evento vitrine para mostrar o progresso do Japão em direção à sustentabilidade ambiental.

No tocante à mobilidade, os modernos ônibus, resultados da parceria entre a Toyota e a CaetanoBus, foram exemplos com a ótima resposta ambiental e com uma aceitação positiva dos motoristas, muito potentes, capazes de lidar com o turno diário sem problemas e sem emissões. Isso faria qualquer um pensar que os ônibus foram um sucesso total e que a apresentação durante a competição olímpica ajudou a reforçar a imagem deles.

Mas, por enquanto, as 100 unidades contratadas serão as únicas na cidade. A limitação é o custo da tecnologia, que alcança os 900 mil dólares, sob um contrato de arrendamento de seis anos, enquanto um veículo a diesel, com a melhor tecnologia de emissões do Japão, custa cerca de 220.000 dólares e tem uma vida útil de 15 anos. Para colocar os primeiros 100 ônibus em serviço, as autoridades locais e nacionais pagaram subsídios que cobrem 80% do custo do aluguel. Nem o preço a pagar pela energia ajuda, pois é 2,6 vezes mais caro que o diesel.

Segundo o portal ColombiaBus, para que o hidrogênio seja viável, os fabricantes terão que reduzir drasticamente os preços ou então será difícil continuar incorporando essa tecnologia em um futuro próximo. Outra complicação vem da forma como pelo menos o Japão obtém hidrogênio, por meio de um processo petroquímico onde é emitido muito dióxido de carbono, enquanto o país avalia importá-lo da Austrália, onde é produzido de forma mais sustentável. Por enquanto, o país do sol nascente ganhou a distinção de celebrar os jogos olímpicos mais sustentáveis ​​da história, mas fazer a migração para a mobilidade baseada no hidrogênio exigirá vários anos e um grande esforço para reduzir os custos de produção em todos os aspectos.

Com informações de Financial Times/William Marroquín – ColombiaBus

Imagem – ColombiaBus

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