Direto do túnel do tempo

Tempos difíceis, de grande concorrência com outras fabricantes de relevo no mercado brasileiro, mas que não desanimaram Alfredo Gonçalves em sua atividade de produzir ônibus

Você sabia que a cidade paulista de Marília já teve uma encarroçadora de ônibus? Pois é, isso foi há muito tempo, e significa que tal indústria foi uma das precursoras nessa arte em solo brasileiro. Tudo começou com Alfredo Gonçalves, carpinteiro de profissão, procedente da cidade Taiuva, SP, que, após o fim da Segunda Guerra Mundial, iniciou, junto com seus filhos, a produção de carroçarias sob o pedido do primeiro cliente – Guerino Seiscentos.

Os veículos de então, construídos artesanalmente e com vários atributos de rusticidade, foram pioneiros no desbravamento do interior paulista. Com a insígnia de Indústria Modelo, diversos tipos de ônibus foram construídos sobre chassis de caminhão das marcas Chevrolet, Ford, além dos modelos Mercedes-Benz e FNM.

Tempos difíceis, de grande concorrência com outras fabricantes de relevo no mercado brasileiro, mas que não desanimaram Alfredo Gonçalves em sua atividade de produzir ônibus. Sua empresa ganhou projeção além das fronteiras de São Paulo, abrangendo também cidades do Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e até do Rio de Janeiro, então capital federal, com grande variedade de modelos.

Aliás, foi em Marília que surgiu a primeira rodoviária no Brasil. Isso aconteceu em 1938, em um prédio com formato oval, tipo sobrado, com torre ostentando um relógio, tendo ainda dois banheiros e 11 boxes com espaços alugados para bares, lojas de armarinhos e uma famosa garaparia e pastelaria.

Gonçalves faleceu em junho de 1977 na mesma cidade em que começara seu empreendimento no ramo do transporte de passageiros.

Imagens – Comissão de Registros Históricos/Câmara Municipal de Marília

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