Lá por meados da década de 1970, o sistema de transporte rodoviário de passageiros do Brasil foi incentivado, via DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), a melhorar os serviços realizados pelas operadoras de ônibus, com a introdução de uma nova categoria – Executiva.
Uma das empresas participantes da linha São Paulo – Rio de Janeiro, a Única Auto Ônibus, aderiu ao que fora determinado pelo órgão federal e apresentou o seu serviço executivo na carroçaria Corcovado, com suas linhas estéticas inovadoras para a época, produzida pela encarroçadora paulista Caio, que também era proprietária da transportadora.
O novo ônibus, com plataforma Mercedes-Benz O-355, contava com requinte interno por meio do sistema de ar-condicionado, serviço de bordo, WC e música ambiente. Viajar entre as duas maiores cidades brasileiras, cortando a rodovia Presidente Dutra e seus 400 kms, ficou mais confortável e mexeu com a concorrência, estimulando que outras empresas do setor também proporcionassem os seus serviços diferenciados.
Contudo, essa classe de serviço, com toda a inovação a bordo, não durou por muito tempo. Somente alguns anos depois, já na década de 1980, houve, por parte de outras empresas pelo Brasil, a retomada do serviço, mas sem o precursor brilhantismo. O que prevaleceu mesmo foi o predomínio das categorias convencional e leito.
Imagem – Acervo Tony Belviso
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