Numa era considerada ultrapassada nos modelos de comunicações, pois ainda não existia internet, fator que hoje tanto nos gabamos por poder expressar, rapidamente, nossas solicitações, maneiras de vida e sentimentos, poder voltar no tempo e constatar como era a nossa capacidade de interagirmos é uma oportunidade para uma geração, que nasceu junto com a rapidez da informação, poder saber um pouquinho do nosso passado.
Antes do e-mail ou das inúmeras plataformas de relacionamentos, cartas eram hábitos comuns no contato entre pessoas, seja ele pessoal ou profissional. O telefone fixo era um outro elemento comunicador, mas não tinha o mesmo encanto (os valores das ligações também eram caros) para a pessoa receber uma carta ou uma correspondência comercial. Havia uma expectativa sobre as informações solicitadas e o anseio de ter notícias, boas ou ruins, em meio às distâncias que separavam os interlocutores.
No tocante as relações comerciais, o bom e velho cartão de visita era o passaporte para nos apresentarmos, de maneira simples e indicativa, mas que encantava no trato profissional, afinal, ser possuidor de tal instrumento de exposição pessoal conferia certo status particular.
Mas, tudo isso passou. Cartas e cartões de visitas são considerados velharias em meio ao WhatsApp ou outro recurso eletrônico que promove rapidez e encanto.
Este espaço faz uma pequena homenagem aos antigos meios de comunicação mostrando, por meio de duas imagens, o formato de comunicação empresarial lá da década de 1960, com uma carta enviada à empresa curitibana de ônibus Dovaltur, pela extinta fabricante de ônibus Grassi Indústria e Comercio, fazendo simples menção de agradecimento quanto a visita de seu representante ao cliente; e um cartão de visita de Dorival Piccoli, representante da extinta encarroçadora gaúcha Eliziário, fato do decênio de 1960.
Outros tempos em que a pressa não era tão fundamental em nossas vidas e a suavidade no ritmo da evolução era ponto comum na convivência humana.
Imagens – Acervo Dorival Piccoli
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