A operadora do transporte coletivo paulistano, Transwolff, celebra o dia de um dos mais importantes personagens do dia a dia operacional dos serviços de ônibus urbanos – o motorista. Para isso, a transportadora destacou alguns de seus funcionários que representam, com muito interesse, a profissão frente as dificuldades e a paixão pela atividade.
Baiano da cidade de Ilhéus (BA), Tranquilino Neto de Oliveira, 49 anos, o Bahia, como é chamado, tem a gargalhada mais conhecida dos passageiros da linha 6030-10 – Unisa – V. São José, na zona sul da cidade de São Paulo. Os passageiros comentam com outros motoristas das linhas sobre a risada diferente de Tranquilino. “Meus amigos de trabalho sempre me falam que os passageiros dizem: Cadê aquele homem que só vive dando risada?. Fico feliz em saber que possibilito um pouco de alegria aos passageiros no dia a dia. A pessoa que tem Deus no coração é alegre. Quem tem Deus no coração é 100%”, contou ele. Uma das manhãs que encheram Tranquilino de mais alegria foi quando recebeu um beijo no rosto e um abraço de uma criança autista assim que esta embarcou no ônibus. “Eles são muito carinhosos, sintetizou”.
O motorista da linha 6058-10 (Jd. Noronha – Terminal Varginha), Antonio Reis de Souza, 56 anos, chamado de Reizinho, encontrou na arte o prazer para aproveitar o tempo livre. Conhecido por ser o motorista desenhista, o gosto pela arte surgiu quando ainda era garçom em um restaurante na região central da capital, em 1992. Ele via alguns artistas desenhando os rostos das pessoas nas calçadas da avenida Ipiranga e na Praça da República. “Ficava vidrado quando olhava eles desenhando e aí mergulhei na arte”, afirmou.
Aluno, há 14 anos da escola “Artes Visuais”, ele faz desenho artístico, realismo e caricatura desde personagens famosos, como Michael Jackson, Luciano Huck, Thiaguinho, a pessoas comuns e de funcionários da Transwolff, como um dos diretores do Operacional Roberto Belchior, do saudoso Seu Jorge. Em 2017, Reizinho chegou a ganhar a medalha de bronze em concurso no Dia das Mães organizado pelas Belas Artes. O quadro é de uma mãe negra segurando o filho no colo, ambos chorando, que ficou em exposição durante duas semanas. “A pintura complementa minha função de motorista. Ambas exigem atenção, paciência e cuidado”, comparou.
A primeira imagem é de Tranquilino Neto de Oliveira e a segunda é de Antonio Reis de Souza
Imagens – Divulgação
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