Editorial
Afinal, até quando o motor de combustão interna dos veículos comerciais sobreviverá frente aos desafios da propulsão limpa ou como muitos preferem optar – eletrificação da tração? Na concepção de alguns fabricantes de motores, ele ainda terá uma longa vida pela frente, afinal, há ainda espaço para que sua presença esteja garantida nos mais variados mercados. Outras empresas compreendem em seus inovadores conceitos uma forma diferenciada e sustentável à essa representação, desenvolvendo modelos que sejam capazes de ser movidos por biocombustíveis – diesel verde, hidrogênio. Assim, passa de vilão a exemplo para o transporte livre de emissões poluentes.
Recentemente, um artigo publicado no portal Sustainable Bus ressalta o avanço da norma que determina a menor emissão vinda desse propulsor (a diesel). Enquanto, nós brasileiros, estamos conhecendo o que a normativa Euro VI pode promover no sentido de mitigar a poluição local, os europeus (Comissão Europeia) já estão discutindo a versão Euro VII, prevista para 2027.
De acordo com a futura regra, deverá haver uma redução de 56% do óxido de nitrogênio e de 39% do material particulado em relação à atual Euro VI para caminhões e ônibus. Além disso, o sistema de freio e os pneus também serão regulados, visando a redução das emissões de partículas oriundas dos aspectos mencionados. Aperta-se o cerco para que tais componentes emitam, cada vez menos, poluentes em suas vidas úteis.
E a Euro VII vai além do motor de combustão. Suas novas regras vão regular a durabilidade das baterias dos veículos elétricos, objetivando reduzir a necessidade de substituição das mesmas no início da vida útil de um veículo, reduzindo assim a necessidade de novas matérias-primas críticas necessárias para a produção desse elemento.
Outrossim, os futuros veículos comerciais deverão ter tecnologia e sensores de monitoramento para que não sejam adulterados, sendo que as emissões possam ser controladas pelas autoridades de maneira fácil durante suas vidas úteis.
Como se vê, novos desafios (muito trabalho de engenharia para se chegar ao alto grau de motores mais limpos) são impostos à indústria europeia de caminhões e ônibus, apontando em direção à continuidade e modernidade daquilo que é visto como o grande incômodo nos sistemas de transporte, seja de passageiros ou de cargas. Após um longo período de questionamentos, dúvidas e testes, a norma Euro VI passa a ser adotada já em 2023, por aqui. E, será que o Brasil, também, está de olho no próximo passo dessa regra, pretendendo a evolução do motor de combustão interna para seus veículos comerciais?
Imagem – Ilustrativa, reprodução Cummins
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