A ERA DO DIESEL SOB A MARCA GM
Os Estados Unidos foi o principal país a fornecer sua tecnologia de veículos comerciais ao Brasil, no período do pós-Segunda Guerra Mundial. Por aqui chegaram diversos modelos de ônibus e caminhões, visando a modernização da frota, bem como suprir a carência dos meios de transporte mais utilizados em ruas e estradas. E, a poderosa fabricante General Motors Corporation teve grande participação ao disponibilizar os seus diversos tipos de produtos para esse fim.
No caso dos ônibus, a marca se destacou em solo nacional com a comercialização de muitos modelos, indicados para o transporte urbano e intermunicipal. Dentre eles, vemos, nesta publicidade, o primeiro modelo integral (ainda chamado apenas de PD 29) que foi enviado, pela referida empresa, ao Brasil, isso em 1946. Era equipado com motor a diesel GM (4 cilindros e 2 tempos, com 125 HP de potência) instalado na traseira, poltronas estofadas e reclináveis, amplo bagageiro, também localizado na traseira, e chassi/carroçaria formando um conjunto inteiriço e resistente. A carroçaria tinha estrutura metálica, com colunas e longarinas em aço prensado, sendo que o chapeamento externo também era de aço, rebitado. A suspensão era com feixe de molas.
Foi considerado um ônibus básico, porém, com características bem diferenciadas para aquele momento em se tratando de transporte brasileiro. Aliás, a General Motors foi uma das mais expressivas, se não a principal, montadora de veículos comerciais e de passeios dos Estados Unidos, e, talvez, do mundo. Por isso, a fabricante foi determinante na formação do parque veicular nacional, introduzindo o seu conceito de motor movido a óleo diesel, para caminhões e ônibus, que só adotavam propulsores a gasolina.
A primeira empresa brasileira a ter esse veículo foi o Expresso Brasileiro de Viação, que adquiriu 30 unidades (com pequenos detalhes diferentes no acabamento, recebendo a sigla de PD 2903), apresentando-as na inauguração da Rodovia Anchieta, no ano de 1947, referenciada como a mais moderna obra viária e de engenharia do Brasil naquele tempo.
Imagens – Acervo Revista AutoBus e Tony Belviso
0 comentários