Autor: Antonio Ferro

Direto do túnel do tempo

Entre as décadas de 1950 e 1980, era comum as
operadoras de ônibus rodoviários fazerem anúncios em
revistas, sejam elas especializadas em transporte ou
naquelas em que as pautas eram variedades.
Grandes transportadoras, como a Empresa de Ônibus
Nossa Senhora da Penha, do Paraná, com operações que
ligavam a Bahia ao Rio Grande do Sul, investiam em
propagandas, como esta, em que as viagens realizadas em
seus ônibus poupavam o automóvel, o dinheiro e o tempo
do passageiro.
Em fevereiro deste ano, a operadora paranaense celebrou
seus 60 anos de estrada.

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Direto do túnel do tempo

E um dia, o espírito londrino baixou sobre os ares
paulistano e em seu sistema de transporte coletivo.
Em 1987, a extinta encarroçadora paulista Thanco,
atendendo à um pedido incomum da prefeitura paulistana,
então administrada por Jânio Quadros, produziu para a
CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos) o
modelo ODA (Ônibus Dois Andares), que logo foi apelidado
de “fofão” e “dose dupla”.
A Scania foi a fornecedora do chassi, modelo K112, nessa
parceria. Essa versão urbana não passou de uma
aventura, talvez como resultado da utopia do ex-prefeito
para dar ares londrinos à metrópole paulistana.
Uma ressalva – esse modelo de ônibus também foi
utilizado em Goiânia, Recife, Uberlândia e Osasco. Hoje, as
cidades brasileiras de Curitiba, Salvador e Florianópolis,
dentre outras, redescobriram que esse tipo de veículo
pode se converter em sucesso nas suas linhas e rotas
turísticas.
Fica a lembrança e o registro da evolução dos ônibus
urbanos brasileiros.

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