Espaço Reservamos
Aproximadamente 15% das empresas da América Latina desenvolveram sua tecnologia para comércio eletrônico e gerenciamento de receitas. Portanto, os custos e os tempos de implementação tendem a ser mais longos em termos de aquisição de tecnologia e de implementação.
O restante das empresas (de pequeno e médio porte) trabalha com whitelabels de marketplaces, o que reduziu seu posicionamento e a falta de dados sobre seus passageiros para tomar melhores decisões em diferentes áreas (marketing, operações, finanças, SAC), de acordo com uma análise realizada pela Reservamos SaaS.
Com base em nossa análise, as ferramentas tecnológicas mais usadas pelas empresas rodoviárias da região são apenas o Google Analytics, o Facebook Pixel ou o Tag Manager.
Menos de 1% usa ferramentas como o Hotjar, uma plataforma de insights sobre a experiência do produto que fornece análise comportamental e dados de feedback para ajudar a ter empatia e entender os clientes ou o comportamento de cada um de seus viajantes, em que ponto do processo eles saem do site, qual é a recorrência de compra de uma pessoa etc.
Há uma baixa adoção de tecnologia e uma baixa porcentagem alocada para investimento nesses tipos de ferramentas ou soluções tecnológicas. Menos de 0,5% da receita total das empresas de transporte rodoviário de passageiros é gasto em TI.
Como as empresas rodoviárias podem se tornar digitais
Para não ficarem de fora da digitalização, as empresas de transporte rodoviário de passageiros têm a opção de adicionar um parceiro tecnológico com a experiência necessária para ajudá-las a assumir o controle da venda direta de passagens.
Por exemplo, a Reservamos SaaS funciona como um aliado tecnológico que ajuda a evoluir a venda digital de passagens, por meio de uma plataforma dinâmica, eficiente e personalizável para qualquer marca e necessidade.
A plataforma de comércio eletrônico da Reservamos SaaS contribui com as empresas rodoviárias a fortalecer seus próprios canais digitais, aumentar as vendas e reduzir os custos. Isso ocorre porque tem uma ferramenta de análise robusta para entender o comportamento do viajante por meio de dados.
Os dados são 100% de propriedade da empresa rodoviária, com acesso 24 horas por dia, sete dias por semana. Além de ter diferentes opções de gateway de pagamento, adaptadas aos gateways de pagamento mais populares em cada país, e distribuidores de passagens.
A plataforma de comércio eletrônico de um parceiro tecnológico, como a Reservamos SaaS, visa garantir melhores experiências de compras digitais. Especialmente em um contexto em que os consumidores se acostumaram com a conveniência e a velocidade das compras on-line, as empresas rodoviárias tiveram que se adaptar rapidamente para atender a essas novas demandas.
“É quase impossível sobreviver em um cenário sem digitalização. A decisão de mudar não vem das empresas, mas dos clientes. Decidimos que adoramos ter tudo na tela de nossos smartphones e computadores. Não há como voltar atrás”, disse Thiego Paes, Country Manager para o Brasil da Reservamos SaaS.
A emissão de bilhetes on-line não apenas facilita o processo de compra para os passageiros, mas também oferece às empresas oportunidades valiosas para coletar dados e personalizar seus serviços.
No Brasil, um dos maiores mercados, estima-se que entre 40% e 50% das passagens sejam vendidas por meio de marketplaces. Já no canal direto, as vendas representam, em média, do 10% a 15%. As receitas do mercado de passagens na América Latina devem chegar a US$ 3,36 bilhões até o final de 2024, de acordo com a Statista.
Espera-se que as receitas apresentem um CAGR de 2,37%, resultando em um volume de mercado projetado de US$ 3,69 bilhões até 2028. Quanto ao número de usuários, a projeção é que chegue a 60,31 milhões até o mesmo ano, de acordo com a Statista.
Da receita total do mercado de passagens, 56% serão gerados por meio de vendas on-line até 2028. Assim, o canal digital se tornará cada vez mais importante para as receitas das empresas rodoviárias na região.
No entanto, é importante considerar que uma plataforma de comércio eletrônico é a porta de entrada para um processo de digitalização em uma empresa rodoviária. “Digitalização não é ter um site de comércio eletrônico, mas um conjunto de gerenciamento de dados, tecnologia de personalização para os clientes, oferecendo os melhores preços para os clientes certos, analisando o mercado para a tomada de decisões e simplificando o processo de compra do cliente”, observou Thiego Paes.
De acordo com ele, um site de comércio eletrônico é a etapa mais fácil e inicial para iniciar o processo de digitalização e atendimento ao cliente, pois a digitalização permitirá que as empresas de transporte rodoviário de passageiros atinjam três marcos:
- Cuidar do cliente e oferecer o melhor produto para os viajantes.
- Conhecer o cliente e entender como o produto pode ajudá-lo de forma simples e objetiva.
- Cuidar dos negócios para oferecer o melhor serviço, com o melhor preço (não o mais barato, mas o preço que o passageiro precisa como proposta de valor) e com processos mais eficientes e simples que gerem mais valor para os passageiros.
O processo de transformação digital é complexo e exige muito investimento e especialistas que estão cada vez mais difíceis de encontrar no mercado. “Encontrar um parceiro de negócios que seja especialista em tecnologia e com experiência gera muito valor para acelerar as mudanças”, disse Thiego Paes.
Como aproveitar os dados para melhorar a experiência do viajante?
Aproveitar os dados para melhorar a experiência do passageiro é essencial no mundo digital de hoje. As empresas rodoviárias podem usar as informações coletadas de diversas fontes, como o canal de venda direta de passagens on-line, para oferecer serviços mais personalizados, eficientes e satisfatórios.
Do lado do viajante, está começando a surgir uma tendência de preferir comprar no canal direto porque isso gera maior confiança e os benefícios que as empresas oferecem para a fidelidade à marca. Essa é uma tendência no setor hoteleiro, onde um dos principais participantes, a rede de hotéis Marriott, viu o número de membros de seu programa de fidelidade aumentar em um terço em três anos, depois que os executivos elogiaram o programa de fidelidade como uma forma econômica de adquirir clientes.
No ano passado, a Marriott registrou um recorde de reservas diretas. As reservas diretas permitem que os hotéis evitem as comissões de 10% a 30% cobradas pelas marketplaces, de acordo com a Skift.
Veja como você pode aproveitar os dados dos viajantes para impulsionar as vendas diretas de passagens:
1. Personalizar a experiência do viajante.
Use os dados para saber mais sobre as preferências e os comportamentos de seus passageiros. Com essas informações, você pode personalizar ofertas e recomendações, como sugerir rotas usadas com frequência, oferecer assentos preferenciais e enviar promoções relevantes.
- Otimização de preços
Analise os dados de compra e a demanda para ajustar os preços de forma dinâmica. Isso não apenas maximiza a receita, mas também garante que os passageiros encontrem opções de preços atraentes com base em suas necessidades e horários de compras.
- Melhoria no atendimento ao cliente
Os dados podem ajudar a identificar problemas comuns e áreas de melhoria no atendimento ao cliente. Com essas informações, você pode implementar soluções proativas, treinar melhor sua equipe e oferecer um serviço mais eficiente e amigável.
- Programas de fidelidade
Crie e ajuste programas de fidelidade com base na análise de dados comportamentais e de compras. Recompense os viajantes frequentes com pontos, descontos e outros benefícios que eles realmente valorizam, incentivando assim a fidelidade e as reservas diretas.
- Segmentação de marketing
Segmente seu banco de dados de clientes para enviar comunicações e ofertas direcionadas a diferentes grupos. Isso permite campanhas de marketing mais eficazes, garantindo que as mensagens cheguem ao público certo no momento certo.
- Gerenciamento aprimorado de rotas e horários
Analise os padrões de viagem para otimizar as rotas e os horários dos ônibus. Isso não só melhora a eficiência operacional, mas também garante que você esteja oferecendo opções que atendam às necessidades dos passageiros.
- Experiência de compra simplificada
Use dados para simplificar o processo de reserva e compra. Implemente recursos como informações de preenchimento automático, recomendações baseadas em compras anteriores e opções de pagamento preferenciais para tornar o processo mais rápido e conveniente.
- Feedback e pesquisas
Colete e analise o feedback dos passageiros para entender melhor suas necessidades e expectativas. As pesquisas de satisfação e os comentários podem fornecer informações valiosas sobre como melhorar a experiência do viajante em diferentes estágios da viagem.
A situação atual da emissão de bilhetes on-line no setor de transporte de passageiros na América Latina revela desafios e oportunidades significativas. Embora as empresas tenham começado a investir em frotas mais modernas e mais ecológicas, a verdadeira transformação digital ainda está em seus estágios iniciais. A adoção de tecnologias avançadas para gerenciamento de vendas e personalização do atendimento ao cliente continua limitada.
A evolução para um modelo de vendas mais digital não se trata apenas de ter uma presença on-line, mas, também, de integrar ferramentas de análise e gerenciamento de dados para melhorar a experiência do viajante e otimizar as operações. As empresas que tirarem proveito dessas tecnologias poderão oferecer serviços mais personalizados e eficientes, aumentar a satisfação do cliente e, por fim, aumentar as receitas.
O mercado de passagens on-line está crescendo, com projeções otimistas para os próximos anos. Entretanto, para aproveitar essas oportunidades, as empresas precisam investir em plataformas tecnológicas robustas e parcerias estratégicas que lhes permitam implementar soluções avançadas. Esse investimento não apenas aprimorará a experiência de compra, mas também fornecerá dados valiosos que podem ser usados para tomar decisões mais informadas e estratégicas.
A digitalização do canal de emissão de bilhetes não é apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente para as empresas rodoviárias da América Latina. Aquelas que adotarem essas tecnologias estarão mais bem posicionadas para atender às demandas dos passageiros e permanecer competitivas em um mercado em constante evolução.
Imagem – Divulgação
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