Por Luana Fleck, diretora da Viação Ouro e Prata
Aceitar que não controlamos tudo na nossa vida, a força da natureza, tampouco as pessoas, é uma das maiores lições de sabedoria que podemos aprender. Muitas vezes, nos vemos diante de desafios que nos fazem sofrer, por não termos controle, ou por sentirmos que perdemos o controle que pensávamos ter.
Recentemente, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das piores enchentes de sua história, desafiando esse paradigma do controle absoluto. Nos sentimos sem rumo, sem saber por onde começar e sentindo uma insegurança avassaladora. Tentamos buscar entender o que estava acontecendo e encontrar explicações lógicas para o caos.
No entanto, como tudo na vida, há dois lados. Em meio à tragédia, surgiu um sentimento de união e solidariedade que talvez não fosse possível em circunstâncias normais. Por que precisamos esperar por momentos de crise e dor para nos unirmos, demonstrar compaixão e ajudar o próximo?
Se a enchente foi uma tragédia devastadora, também trouxe consigo um espírito renovado de força, fé e coragem. Isso nos faz refletir: até que ponto o desejo de controle absoluto e a busca pela segurança nos ajudam a evoluir como sociedade?
Essa dualidade nos desafia a repensar nossas prioridades e a valorizar a solidariedade e a empatia como forças motrizes de uma comunidade resiliente e unida, capaz de enfrentar qualquer adversidade que a vida nos apresente.
Refletir sobre ciclos é como olhar para o movimento das marés: às vezes, as águas sobem e inundam, deixando uma marca profunda em nossas vidas.
Em momentos como esse, fica claro que cada tragédia traz consigo aprendizados profundos. O amor ao próximo, por vezes esquecido, renasce em meio ao caos, mostrando-nos o verdadeiro significado da solidariedade. Que possamos levar essas lições para o futuro, nutrindo em nossos corações a esperança por dias de paz, união e prosperidade.
Mais do que nunca, precisamos de fé e força para reconstruir o que foi desfeito e restaurar a dignidade de nosso estado. Que a adversidade nos ensine a competir no mercado econômico não apenas com vigor, mas com compaixão e empatia. Que esses novos dias sejam marcados não apenas pela superação, mas pela construção de um futuro mais resiliente e humano para todos nós.
Imagem – Arquivo pessoal
SOBRE A “DUALIDADE DA VIDA”.
A Luana Fleck demonstra ser uma mulher forte, estruturada nos princípios de Solidariedade e Amor às pessoas, como irmãos, caminhando e crescendo juntos.
Cada um faz o que consegue, e cada vez conseguirá mais com os vínculos do amor fraterno.
Seres humanos como a Luana deveriam povoar a Terra, que surpreende bilhões de habitantes com suas forças incontroláveis.
Uma inundação que não era tão alta desde 1941, mas os governantes não investem em obras “invisíveis” porque não geram votos.
Nos meus 50 anos dedicados ao transporte de passageiros tive raríssimos clientes com a dignidade do perfil da Luana.
O Deus da Luz Suprema haverá de iluminar as decisões para reconstruir tudo com Força, Persistência, Paciência, Fé e Esperança.
Aceita meu abraço.
A Luana Fleck é o contraponto positivo da afirmação do Fulton J. Sheen:
“A grande maioria dos homens e mulheres no mundo hoje são tão subdesenvolvidas espiritualmente que, se uma deficiência semelhante aparecesse em seus corpos, eles seriam monstruosidades físicas”